Brio assina opção para adquirir mina de ouro Riacho dos Machados
24/11/15
O banco australiano Macquarie assinou um acordo com a Brio Gold, subsidiária da Yamana, em que a mineradora tem opção de adquirir 100% da mina de ouro Riacho dos Machados, em Minas Gerais, operada pela Mineração Riacho dos Machados (MRDM), subsidiária da Carpathian Gold.
Se exercer a opção, a Brio também assumirá os direitos, participações e garantias que o banco possui com a Carpathian, que deve US$ 266 milhões ao Macquarie.
O acordo assinado entre as empresas dá à Brio o direito de adquirir 100% a mina da MRDM; os direitos e juros da linha de crédito referente à mina da MRDM; o acordo de compra e venda de ouro; e garantias relacionadas a Carpathian e suas subsidiárias. As informações são de comunicado enviado ao mercado na sexta-feira (20) pela Carpathian.
Caso exerça opção, a Brio vai liberar a Carpathian de pagar o que deve referente ao financiamento da mina Riacho dos Machados, que gira em torno de US$ 266 milhões. Uma vez exercida a opção, a Carpathian não terá mais participação ou direito sobre Riacho dos Machados, permanecendo com ativos na Romênia. A Brio também vai subscrever US$ 1 milhão em ações da Carpathian, com o preço de cada papel ainda a ser definido.
A Carpathian disse que, mediante a assinatura do acordo com a Brio, o Macquarie concordou em se abster de qualquer direito e privilégio referentes às obrigações financeiras da MRDM relacionadas à linha de crédito da mina de ouro até 15 de fevereiro do ano que vem. Caso o acordo com a Brio seja rescindido, porém, o banco poderá cobrar normalmente as obrigações da mineradora.
?O Macquarie concordou, em conjunto com a Brio, a continuar a financiar a MRDM, com base nos termos e condições definidos no acordo de opção. Qualquer levantamento solicitado pela MRDM, sob a linha de crédito da mina, permanece a critério do Macquarie?, informou a Carpathian no comunicado de sexta-feira.
A Brio Gold foi criada pela Yamana no fim de 2014. A subsidiária da mineradora canadense opera as minas Pilar, em Goiás, Fazenda Brasileiro e C1 Santaluz, na Bahia. C1 Santaluz está paralisado desde agosto do ano passado, mas tem expectativa para retomar as atividades no terceiro trimestre de 2016, enquanto a Brio realiza testes metalúrgicos para melhorar a recuperação de ouro.
No fim de outubro, a Yamana havia informado que avaliava estratégias para melhorar a rentabilidade da Brio e disse que estudava oferta pública de ações, joint venture com empresas de participação societária, fusão com outras companhias e uma reverse takeover, ou seja, comprar uma empresa listada para entrar direto na bolsa de valores.
A mineradora contratou o FBR Capital Markets para auxiliar na avaliação de alternativas adicionais, com ênfase em operações mais rápidas que permitam à Brio Gold continuar operando como uma companhia privada em curto prazo.
Clique aqui e acesse a matéria na íntegra.
Notícias de Mineração Brasil