22/06/09

De acordo Zimmermann, as duas próximas unidades estão previstas para as regiões Sudeste e Nordeste.
O governo federal planeja implantar sete ou oito usinas nucleares entre 2013 e 2034. Depois da construção de Angra 3, de acordo com o secretário-executivo do Ministério de;Minas e Energia, Márcio Zimmermann, as duas próximas unidades estão previstas para as regiões Sudeste e Nordeste, ainda sem locais definidos. Zimmermann participou de audiência pública promovida na última terça-feira, 16 de junho, pela Comissão de;Minas e Energia;da Câmara dos Deputados para discutir a regulação do setor nuclear brasileiro.
O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Odair Dias Gonçalves, que também participou da audiência, explicou que o Poder Executivo estuda criar uma agência governamental, nos moldes das já existentes em outras áreas, para controlar a geração e a exploração de energia nuclear no país. A base dessa agência reguladora, segundo ele, seria a própria Cnen.
O secretário-executivo do MME disse também que a energia nuclear é uma das mais atrativas para o país, já que uma das maiores reservas de urânio do planeta se encontra em solo brasileiro. Ele disse ainda que se a energia elétrica é a prioridade nacional, a geração nuclear pode ser uma ótima fonte complementar para evitar futuros racionamentos no país.
Alfredo Tranjan Filho, presidente das Indústrias Nucleares Brasileiras, lembrou que, atualmente, a mais importante mina de urânio nacional, localizada em Caetité (BA), produz cerca de 400 toneladas de urânio por ano, mas isso deverá dobrar até 2011 e triplicar até 2013. Ele acrescentou ainda que outra grande jazida, em Santa Quitéria (CE), também será explorada ao longo da próxima década.
Para a representante do Ministério do;Meio Ambiente, Sandra Cecília Miano, responsável técnica da área nuclear do Instituto Brasileiro de;Meio Ambiente;e dos Recursos Naturais Renováveis, o ministério não enxerga qualquer problema no crescimento da exploração da energia nuclear no país. “Tanto as jazidas em atividade quanto as previstas são subterrâneas e, ao contrário do que alguns dizem, não oferecem risco alguma à população”, afirmou. Ela defendeu que é necessário desmistificar a energia nuclear. “As pessoas precisam entender mais para ter menos medo desse tipo de energia”, declarou (Agência Câmara, 17/06/09)

Brasil Agro – SP