Boom da indústria minerária: US$ 28 bi em quatro anos
25/09/07
Economia US$ 28 bi em quatro anos
O Senador Marconi Perillo (PSDB) afirmou ontem, no Congresso Brasileiro de Mineração, que acontece em Minas Gerais, que o Brasil precisa ser mais audaz e ousado na definição de políticas que garantam condições para o desenvolvimento dos meios de produção. Para tal feito, ele sugere a implantação de políticas fiscais coerentes e justas para garantir os investimentos e assegurar o crescimento econômico, a diminuição da carga tributária e o estímulo à competitividade brasileira.
O boom da indústria minerária nos últimos anos foi citado pelo senador, quando, em 2005, a atividade respondia por cerca de 0,6% do PIB, 7,57% das exportações brasileiras e 11,83% do superávit comercial. ?O volume de investimento previsto para os próximos quatro anos não tem precedente na história brasileira e está relacionado com o bom ritmo da economia mundial. Estima-se que os investimentos cheguem a US$ 28 bilhões entre 2007 e 2011.?
Na opinião do senador, Goiás será o terceiro maior produtor de bens minerais em dois ou três anos, resultado de investimentos que somam mais de R$ 2,5 bilhões. Mas o grande desafio é traçar uma política para o setor. Ele destaca também a necessidade do investimento em pesquisa mineral e no conhecimento geológico para que se consiga mapear o potencial das jazidas e viabilizar a descoberta de novas áreas de exploração.
Em relação ao aspecto da tributação, o Congresso Nacional deve apressar o exame das propostas que envolvem a tributação do setor mineral, como a Cfem e a compensação ambiental. ?Há a necessidade de se rever o sistema tributário como um todo no Brasil, porque a carga é hoje um fardo pesado para o empreendedor e incompatível com a realidade de outros países emergentes?, diz.
O senador defende políticas de governo com estímulo à competitividade do País e mais equilíbrio entre as receitas tributárias municipais e federais. ?Teríamos um crescimento maior se o Estado investisse de forma sistemática em planejamento e inteligência para avaliar os possíveis cenários para o futuro próximo?, pondera.
Diário da Manhã – GO