06/08/07

Os setores automobilístico e de bens de capital têm sido dois potentes motores da produção industrial neste ano. O desempenho dos fabricantes no primeiro semestre superou as projeções feitas pelos próprios executivos das empresas. Esse é o caso da multinacional Takata-Petri, que fabrica itens de segurança, como volantes, air-bags e cintos para a indústria automotiva. A empresa encerrou o primeiro semestre com crescimento de 25% em produção e vendas na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o diretor Industrial e de Marketing, Airton Evangelista, o desempenho superou de longe as expectativas. Ele observa que a projeção era crescer entre 6% e 7% no período em relação a 2006. Com vendas anuais superiores a US$ 150 milhões e mais de mil funcionários nas fábricas de Jundiaí (SP) e Piçarras (SC), a empresa é fornecedora de autopeças para as gigantes do setor automobilístico, que está batendo recordes de produção. O diretor da companhia conta que, para atender a demanda crescente, as fábricas trabalham hoje em três turnos. A previsão é contratar até dezembro cerca de 50 funcionários, dos quais 20 já foram admitidos. O bom desempenho da companhia não deverá ficar restrito ao primeiro semestre. Para os próximos três meses, a perspectiva é de que esse ritmo de produção e vendas se mantenha, de acordo com as encomendas já feitas pelas montadoras de veículos. A intenção é investir até 2010 cerca de R$ 10 milhões por ano para ampliar a capacidade produtiva das fábricas. BENS DE CAPITAL Líder nos mercados de máquinas-ferramenta e injetoras de plástico, a Indústrias Romi fechou o semestre com receita operacional líquida de R$ 278,6 milhões, valor 16,1% maior a igual período de 2006. Segundo o diretor-administrativo e de Relações com o Investidor, Sérgio Novo, foram vendidas 1.070 máquinas-ferramenta, frente a 853 no primeiro semestre de 2006 , o que representou aumento de 25,4%. As máquinas-ferramenta são máquinas de fazer máquinas. Elas fabricam peças e componentes para praticamente todos os tipos de produtos manufaturados, de simples brinquedos a celulares, eletroeletrônicos , automóveis e até aviões. No setor de máquinas injetoras de plástico, as vendas cresceram 7,7%, de 142 para 153 unidades. A carteira de pedidos no segundo trimestre aumentou 32,7% em relação ao trimestre anterior e 9,8% em relação a igual período de 2006. ?Esse resultado ficou acima das nossas expectativas?, disse Novo. No segmento de máquinas rodoviárias e equipamentos pesados para construção, mineração e agricultura, a Caterpillar exportou US$ 571 milhões, 6% acima do registrado no primeiro semestre de 2007. Segundo Suely Agostinho, diretora de Recursos Humanos e Assuntos Corporativos da Caterpillar, as vendas no mercado doméstico continuam fracas.

O Estado de S.Paulo