10/04/10

O Barclays Capital elevou seus preços-alvo para papéis da Vale, a CSN e a MMX. O novo preço-alvo para os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale estimado pelo banco é de US$ 41 por ADR, 10,8% superior aos US$ 37 projetados anteriormente. Para as ações da CSN, o Barclays elevou seu preço-alvo para R$ 41, ante a estimativa anterior de R$ 37,5. Já em relação à MMX, o preço-alvo foi elevado para R$ 21 por ação ante a projeção passada, de R$ 20 por papel.
Na avaliação do Barclays, a grande exposição da Vale ao minério de ferro (mais de 80% do Ebitda) e seu perfil de fluxo de caixa fazem com que a companhia seja a principal beneficiada pelo cenário de aperto no mercado da matéria-prima. A mineradora está sendo negociada com os múltiplos EV/Ebitda de 7,6 vezes para 2010 e de 5,3 vezes para 2011, conforme o Barclays. A previsão para o Ebitda da mineradora em 2010 é de R$ 25,087 bilhões e, em 2011, de R$ 35,135 bilhões.;Os ajustes feitos pelo banco nas estimativas deveram-se à volatilidade que os contratos de preços trimestrais de minério de ferro implicarão. Segundo o banco, há quem argumente que a volatilidade decorrente da mudança do sistema de preços é negativa para as indústrias, mas, na sua visão, o novo mecanismo permitirá que as mineradoras se beneficiem das altas dos preços realizados, principalmente nos períodos de melhora dos ciclos. A expectativa do Barclays é de resistência das siderúrgicas ao fim dos contratos (benchmark) anuais.
;O Barclays informou que ficou “positivamente surpreso” com a agilidade das mineradoras de implementar um novo mecanismo de preços. O banco espera aumento de 90% para o minério no segundo trimestre, alta de 10% para o terceiro trimestre e elevação de 10% em 2011. Para as pelotas, a projeção do Barclays é de alta de 130% no segundo trimestre e aumento de 105% para granulados. Para o longo prazo, a estimativa do banco foi mantida em US$ 60 por tonelada para os finos de minério. O banco disse acreditar que o mais provável é que o indexador para o preço da commodity seja calculado pelo sistema da consultoria Platts.

Agência Estado