Antiga mina de ouro no interior de SP agora é rota de turismo
21/10/13
Área de riqueza no passado, área de lazer no presente. O Morro do Ouro, na cidade de Apiaí, sul do estado de SP, não tem esse nome só por força de expressão. De seu interior foi extraído através de mais de 250 anos o metal mais valioso e mais cobiçado. Mas hoje o local não é procurado por garimpeiros e sim por fãs da caminhada e admiradores do verde das árvores. O Morro do Ouro é a dica do leitor Jonas Artur Massoni, de 49 anos.
Agente de fiscalização tributária na cidade, ele tem como hobby tirar fotos e passeia pelo Morro do Ouro para registrar a paisagem. O local faz parte do circuito de cavernas da Mata Atlântica, da qual faz parte a famosa Caverna do Diabo. “Apiaí tem em seu território muitas grutas e cachoeiras”, afirma Massoni, que cita a atual vocação para o turismo da cidade em lugar da mineração.
Os primeiros registros de extração no Morro do Ouro datam de 1675, pela mãos dos bandeirantes, e vão até a época da Segunda Guerra Mundial, quando japoneses tinham posse da área. Por causa do conflito, em que os nipônicos eram aliados dos alemães e dos italianos no Eixo, o trabalho foi encerrado após o desabamento de galerias de mineração.
Segundo um trabalho feito pelo geólogo Hélio Shimada, o local ficou abandonado por vários anos até ser declarado área de utilidade pública e desapropriado em 1998. Shimada fez uma proposta de transformar o local em atração turística.
A área tem aproximadamente 540 hectares e apresenta animais como bugios, veados, gambás, além de aves como curiacas e o joão-de-barro. Araucárias, bromélias e samambaias se espalham pelo terreno.
Entre as atividades estão trilhas que chegam até as galerias usadas para retirar o ouro. No parque também se encontram os mananciais da cidade para o abastecimento de água. A cidade de Apiaí tem clima frio e chegou a registrar três graus negativos neste ano. Ficou famosa pela neve de 1975.
O Parque do Morro do Ouro fica na rodovia Sebastião Ferraz de Camargo Penteado (SP-250), no km 320. Está aberto de terça a domingo, das 8h às 16h.
G1