Alcoa e MRN: ações sociais e de saúde contribuem para a prevenção ao Covid-19 no Oeste do Pará
13/05/20
Nos municípios de Oriximiná e Juruti, no Oeste do Pará, milhares de comunidades tradicionais, entre quilombolas, ribeirinhas e indígenas, vivem em áreas distantes, que demandam, em média, de 4 até 12 horas de deslocamento para centros mais próximos como, por exemplo, Santarém.
Link mostra o cotidiano das comunidades (Oriximiná)
Iniciativas solidárias, que vão da doação de alimentos, materiais de higiene e limpeza, até o atendimento de saúde preventiva, estão contribuindo para manter o contágio de Covid-19, até o momento, controlado em municípios desta região como Oriximiná, Juruti e Terra Santa, com registro, em torno, de 0,34% do número total de casos no Pará, que, até a noite de terça-feira (12/05), contabilizava mais de 9 mil pessoas contaminadas.
As iniciativas são conduzidas pelas mineradoras de bauxita Alcoa e Mineração Rio do Norte (MRN) em parceria com prefeituras, associações quilombolas, ribeirinhas e indígenas, lideranças comunitárias destes municípios e instituições como Ministério Público , universidades, ICMBio, por meio de comitês, que discutem propostas e soluções, visando manter a integridade das comunidades tradicionais do entorno durante a pandemia.

Doação de máscaras descartáveis para o Hospital Municipal de Juruti
Links mostram as operações da MRN e da Alcoa (MRN: Vídeo)
O Dr. Furlan, coordenador do projeto Quilombo, é um dos parceiros destas iniciativas. Desde o dia 18 de março, quando foi anunciado o primeiro caso de Covid-19 no Pará, ele passou a visitar as comunidades da região, para, de forma lúdica e educativa, levar informações preventivas sobre o novo coronavírus como a necessidade da higienização das mãos e objetos de uso cotidiano, de redobrar os cuidados com os idosos e a importância de manter o isolamento social.
Nos atendimentos, o Dr. Furlan gravou vídeos com as principais dúvidas da comunidade sobre a Covid-19 e divulgou como um programa intitulado Pergunte ao Dr.Jô. Tia Zuleida, da comunidade do Boa Vista, foi uma das comunitárias atendidas pelo Dr. Furlan, que, além de se conscientizar com as informações recebidas, compartilhou com o seus familiares. “Tenho um neto, Evandro, que mora em Itaituba, que tem problema de bronquite. Aí, eu disse para ele: não vem. Fica lá”, conta, referindo-se à recomendação de evitar viagens, mantendo o isolamento social, no período da crise. Em sua participação no programa, tia Zuleide, também reforçou o recado aos demais familiares e vizinhos: “Fica em casa gente. Por favor, fica em casa.”
Link com depoimentos dos Dr. Furlan e Tia Zuleida.
O projeto Quilombo é realizado há mais de 20 anos, atendendo 14 comunidades dos territórios quilombolas do Alto Trombetas 1 e 2. Nessa fase eles estão atuando com uma ampla campanha de prevenção contra a Covid-19, que inclui carro-som, “barco-som”, plataformas digitais, rádio e WhatsApp, reforça os trabalhos do projeto na conscientização junto às comunidades.
No município de Juruti, o Barco-Hospital Papa Francisco, administrado pela Associação Lar São Francisco na Providência de Deus, recebeu doação da mineradora Alcoa, no valor de R$ 400 mil, que vai reforçar os atendimentos em saúde para 700 comunidades ribeirinhas do Oeste do Pará. O recurso doado será utilizado em ações de prevenção e combate ao novo coronavírus junto a estas comunidades. “Gostaria de agradecer pela comunhão de parceria da Alcoa com a nossa associação na construção do Hospital 9 de abril, que administramos, ultrapassando os 160 mil atendimentos. E a empresa também faz com que o Barco-Hospital chegue às comunidades mais distantes do Rio Amazonas, levando saúde, fé e esperança a tantas pessoas”, declara o Frei Francisco Belotti, que conduz a associação.
Link com fotos do Barco-Hospital.
Link com o depoimento do Frei Belotti.
Doações de cestas básicas garantem segurança alimentar e isolamento social para comunidades
O representante da tribo Wai Wai, João Wai Wai, é um dos beneficiados com as doações de 5.220 cestas básicas, que incluem alimentos, material de higiene e limpeza, e que estão contribuindo para garantir alimentação e cuidados preventivos no enfrentamento à pandemia. “Esse benefício contribui para a prevenção da população indígena, que ficou na cidade (Oriximiná) e não pode retornar para as aldeias, pois precisa manter o isolamento na cidade até voltar à normalidade”, declara. Milhares de famílias de outras 26 comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas do Oeste do Pará também estão recebendo as cestas desde a segunda quinzena de março. A ação contribui ainda para manter essas comunidades em isolamento social, evitando que façam deslocamentos de suas casas para a compra de mantimentos, resguardando-as de situações de risco durante a crise.
Link com a entrega das cestas básicas.
Em Juruti, grupos de trabalhadores informais e famílias em situação de vulnerabilidade social começaram a receber cestas com itens alimentícios e de higiene, doados pelo Instituto Alcoa em parceria com o Instituto Juruti Sustentável e a prefeitura local. As 1.623 cestas serão entregues em três etapas, garantindo segurança alimentar aos beneficiários nos próximos três meses de enfrentamento da pandemia. “Agradecemos esta iniciativa porque nossos associados tiveram redução de trabalhos porque precisaram se afastar quando a epidemia começou porque não tinha condições de todos trabalharem ao mesmo tempo no porto. A ajuda com as cestas básicas é muito importante, pois os estivadores precisavam nesse momento”, declara Aureliano dos Santos Ramos, presidente da Associação dos Estivadores de Juruti. Para Francisco Lima, que viu sua renda como taxista cair em até 80% depois da pandemia, a doação das cestas está sendo fundamental para garantir a alimentação em casa: “Estávamos precisando dessa ajuda. As cestas foram muito bem recebidas.”
Links de vídeos e fotos da entrega das cestas básicas.
Investimentos no apoio à saúde pública
Os cerca de R$ 4 milhões investidos pela MRN para contribuir no combate à Covid-19 em municípios do Oeste do Pará estão sendo utilizados, além da compra de cestas básicas, na aquisição de 900 testes rápidos para diagnóstico da Covid-19, cuja uma parte será distribuída aos hospitais municipais de Oriximiná e Terra Santa. O recurso também está sendo usado para a compra de equipamentos e materiais de limpeza, que serão distribuídos aos Hospitais Municipais de Oriximiná e Terra Santa. “Estas ações serão mantidas enquanto durar a pandemia”, declara Vladimir Moreira, Diretor de Sustentabilidade da MRN.
Link com depoimento de Vladimir Moreira, Diretor de Sustentabilidade da MRN.
Em Juruti, nos últimos 10 anos, a Alcoa priorizou a área da saúde entre seus investimentos. Foram R$ 77,6 milhões desde que a mineradora começou suas operações no município, em 2009, destinado, para, entre outras ações, à construção, aquisição de equipamentos e a gestão do Hospital 9 de Abril, reconhecido pela rede de saúde do Estado do Pará como unidade de referência para atendimentos de média complexidade pelo Sistema Único de Saúde. A mineradora também investiu na estruturação do Hospital Municipal, de Unidades Mistas de Saúde de Juruti Velho e Tabatinga e Unidades Básicas de Saúde em diversos bairros de Juruti.
Link com vídeo dos hospitais de Juruti.
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