Adutora de Itataia espera inclusão no PAC
10/02/09
A adutora, que terá 52 quilômetros, levará água do açude Edson Queiroz para a mina, localizada em Santa QuitériaJá está pronto o edital para a construção da adutora que levará água para a futura usina de exploração de urânio e fosfato de Itataia. Agora, o governo espera apenas uma sinalização positiva da União de que o projeto será, de pronto, incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para que se possa iniciar o processo de licitação.Ontem, o secretário de Recursos Hídricos, César Pinheiro, foi entregar toda a documentação da obra ao Ministério de Integração, em Brasília. ´Levei o projeto executivo, as informações sobre as desapropriações, todos os dados. Agora, espero uma resposta do Ministério até a próxima semana. Dando tudo certo, iniciamos, de imediato, a licitação´, informou. Segundo ele, a construção da adutora tem um prazo de 12 meses. ´A idéia é começar esse ano, o mais rápido possível´, garante.A adutora, que terá 52 quilômetros e levará água do açude Edson Queiroz para a mina, localizada em Santa Quitéria, custará R$ 85 milhões. Deste total, 10% será pago pelo Estado como contrapartida. O valor, explica o secretário, foi atualizado, já que o projeto antigo havia sido feito há dois anos, e previa algo em torno de R$ 70 milhões. A adutora é necessária para garantir o funcionamento da usina, que precisa de um fornecimento de mil metros cúbicos de água por hora.´O governador Cid Gomes já conseguiu incluir esse, e mais dois outros projetos da pasta, no PAC. O orçamento do projeto já está aprovado. Agora, é só a questão burocrática do Governo Federal´, comenta Pinheiro. Além da adutora, a construção das barragens de Taquara, em Cariré, e de Figueiredo, em Alto Santo ? obras de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) ?, estão garantidas no PAC. As duas barragens têm custo orçado em R$ 15 milhões.A adutora é uma das ações que serão realizadas pelo Estado para garantir a infra-estrutura necessária para a concretização da Mina de Itataia. Além dela, a mina necessita da instalação de um linhão de 69 kVA , com extensão de 50 quilômetros, para receber energia elétrica. Outra obra de infra-estrutura necessária é a construção de 17 quilômetros de estradas para viabilizar o escoamento do minério, do urânio e do fosfato, a serem extraídos de Itataia. A mina de Itataia possui cerca de 80 mil toneladas de reservas lavráveis de urânio, sendo assim, a maior do Brasil. Já em fosfato, as reservas são de nove milhões de toneladas. O projeto está sendo levado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em parceria com a Galvani.
Sérgio de SousaRepórter
Diário do Nordeste