Ações da CSN sobem 4,26% com rumores de venda
07/05/07
Agnaldo Brito
As ações ordinárias da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) fecharam ontem com valorização de 4,26% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O papel chegou a avançar 5%, mas recuou no fim do dia. O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, subiu 0,76%. Na mesma toada, os ADRs (recibos de ações negociados no mercado americano) da CSN fecharam em alta de 3,49%.A elevação dos papéis da siderúrgica brasileira foi embalada por rumores de que a companhia, controlada pelo empresário Benjamin Steinbruch, seria alvo de uma oferta preparada por uma siderúrgica de origem russa. `Esse boato estava mais forte nas mesas de operações do mercado de ações do que entre as siderúrgicas`, disse um analista do setor. `O primeiro problema foi que o nome da russa não apareceu e, a partir daí, a avaliação interna no setor siderúrgico foi de que se tratava apenas de um novo boato.`Não foi o primeiro boato que circulou sobre a CSN na semana. Na quinta-feira, havia rumores de que a empresa faria uma oferta pela alemã ThyssenKrupp, a mesma companhia que constrói no Rio, em parceria com a Vale do Rio Doce, uma usina de placas.Fonte ligada à CSN insiste que nenhuma das duas versões que circularam na semana faz sentido. `Se quiserem comprar a CSN precisariam vir não só de caminhão, mas trazer dinheiro de transatlântico`, brincou. A lógica da afirmação está no fato de que a CSN está no meio de um plano que pode elevar o valor de mercado da companhia.A empresa abrirá o capital da mina Casa de Pedra, o ativo de mineração da CSN, até o fim do terceiro trimestre do ano. O plano não é vender uma parcela expressiva do capital de Casa de Pedra, mas o suficiente para, a partir disso, ter uma cotação de mercado.A direção da CSN afirma que isso poderá dar o real valor que a mina tem hoje. As projeções da companhia, feitas apenas com base em comparações com outros ativos em mineração, indicam que o Grupo CSN poderia duplicar de valor, de US$ 8,5 bilhões para US$ 17 bilhões. De qualquer forma, a CSN garante que não é alvo de aquisição, mas sim compradora.
O Estado de São Paulo