2º workshop de Bauxita & Alumina debate a crise na indústria do alumínio
19/11/14
Evento integra a programação da Exposibram Amazônia 2014, em Belém.;;Nos últimos anos, o consumo de alumínio vem crescendo e a produção do metal caindo. Em 2014, pela primeira vez na história da indústria mineral, o Brasil importou mais do que exportou. O aumento da entrada de produtos de alumínio vindos do exterior, especialmente da China, foi de 41,6%.O panorama mundial da indústria do alumínio foi apresentado pelo Presidente Executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), Milton Rego, durante o ?2º workshop de Bauxita & Alumina da Amazônia?, na EXPOSIBRAM Amazônia, que contou com a participação de representantes da Alcoa, Hydro e Votorantim Metais.; ?Para se ter uma ideia dos prejuízos, cada R$ 1 milhão gasto na importação de produtos de alumínio pode levar à redução de 7,6 postos de trabalho no Brasil e perda de R$ 724 mil de receita. Em 2013, a importação do metal causou o fechamento de 5.500 postos de trabalho, com perda de R$ 663 milhões de receita?,; revelou. Milton Rego ressaltou que é importante que o Pará tome a frente da discussão sobre essa política, pois é um dos estados mais importantes para a indústria do alumínio, respondendo por 87% da extração nacional de bauxita, com reservas superiores as da China; 54% da produção de alumina e 35% do alumínio. ?O engajamento do Estado é fundamental na recuperação da competitividade da indústria do alumínio e geração de empregos. Isso será importante para tornar a cadeia do alumínio mais forte, incorporando inclusive a transformação do metal e assim estimular o desenvolvimento do Estado?, pontuou.Durante o workshop, a Associação lançou, oficialmente, uma proposta de política industrial para o setor de alumínio. O documento detalha o atual cenário da indústria do alumínio e sugere medidas para reverter o quadro de perda de competitividade e desindustrialização do setor. Entre as soluções apontadas estão a implementação de política comercial mais agressiva; de política energética voltada ao desenvolvimento industrial; de política de apoio à reciclagem; de medidas para redução dos custos de futuros investimentos; incentivo ao desenvolvimento tecnológico; formação de capital humano e redução de custos trabalhistas; política mineral; política de compras do Estado; além de questões estruturais e regulatórias que afetam toda a indústria.Se todas as medidas forem implementadas, a cadeira produtiva do alumínio poderá receber investimentos adicionais de R$ 21 bilhões até 2025, com arrecadação de R$ 830 milhões por ano e consequente criação de 90 mil novos postos de trabalho. Também participaram das discussões das propostas da ABAL o Presidente Executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (ABRACE), Paulo Pedrosa; o Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Maria Mendonça; e o Diretor de Assuntos Ambientais do Instituto Brasileiro de Mineração ? IBRAM (www.ibram.org.br), Rinaldo Mancin. Para o Presidente Executivo da ABRACE, é fundamental levar a discussão da política industrial ao Governo Federal, em especial, as questões relativas ao incentivo energético. ?O nosso grande desafio é fazer com que se entenda que baratear a energia para a produção traz melhorias para a sociedade como um todo. A energia barata traz 16 vezes maior impacto sobre o PIB. Cada real a menos gasto em energia, significa R$ 8,50 a mais no PIB?, afirmou. Novos investimentos?Alumina Rondon: valor que vem do nosso lugar? foi outro tema da programação do ?2º workshop de Bauxita & Alumina da Amazônia?, apresentado pelo Gerente-Geral de Projetos da Votorantim Metais, Amaury Leone Negrão, e pelo Coordenador de Sustentabilidade do projeto Alumina Rondon, Sérgio Oliveira. Eles destacaram o novo investimento da Votorantim no Brasil, que será realizado no município de Rondon, no Pará. O projeto Alumina Rondon integrará mina de bauxita e refinaria de alumina e tem início de operação previsto para 2019 e; capacidade de produzir oito milhões de toneladas/ano de bauxita lavada e três milhões de toneladas/ano de alumina. O empreendimento prevê a geração de dez mil empregos diretos e indiretos na fase da obra e 1.800 postos de trabalho na operação.; Outra palestra dentro do workshop foi apresentada pelo Gerente Geral de Comunicação e Responsabilidade Social da Hydro, José Haroldo Chaves. Com o tema ?Para Sempre?, ele enfatizou que a empresa representa a cadeia produtiva completa do alumínio no Pará, com operações de extração de bauxita, em Paragominas, e produção da alumina e alumínio, em Barcarena. Segundo ele, o Pará é o melhor lugar do mundo para se produzir o alumínio devido às condições climáticas e ao potencial minerário. ?Acreditamos no futuro. O preço do alumínio está dando sinais de melhorias e o produto é cada vez mais indispensável no cotidiano. Acreditamos que todos os fatores integrados, com o valor dos insumos ajustados e modalidades favoráveis, transformarão o Pará no maior produtor mundial?, disse. Para finalizar as apresentações do ?2º workshop de Bauxita & Alumina da Amazônia?, o Diretor de Energia e Relações Governamentais da Alcoa, Dario Albagli, falou sobre as operações da companhia no Pará com o tema ?Alcoa cinco anos em Juruti: um novo jeito de operar na Amazônia?. A unidade da Alcoa, localizada no oeste do Estado, foi implantada com base em uma proposta de desenvolvimento local, conhecida como Modelo Juruti Sustentável. A operação produz anualmente 4,4 milhões de toneladas de bauxita ? a previsão inicial era de 2,6 milhões. A mão de obra paraense ocupa 82% dos 1.561 empregos diretos e indiretos gerados pelo projeto. As mulheres são responsáveis pelo preenchimento de 16% dos postos de trabalho.
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2º Workshop Bauxita & Alumina – Crédito: Led Produções
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2º Workshop Bauxita & Alumina – Crédito: Led Produções
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2º Workshop Bauxita & Alumina – Crédito: Led Produções
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