Produção de ametista e calcedôniaestimula cooperativa em Chopinzinho
01/08/08
A Mineropar solicitou recursos e encaminhou projeto de pesquisa geológica para desenvolvimento do distrito mineiro de ametista no município de Chopinzinho, no Sudoeste do Paraná. A solicitação foi feita ao Ministério de Minas e Energia, a pedido da CPRM (Serviço Geológico do Brasil). O município produz ametista, quartzo e calcedônia, sob a responsabilidade da Cooperativa de Pedras Ametista do Sudoeste do Paraná (Copasp).O Sudoeste do Paraná tem potencial para a produção de gemas, especialmente de ametista, quartzo hialino, ágata e calcedônia, cujo reconhecimento tem crescido nos últimos anos, tanto pela organização da produção em torno da Copasp de Chopinzinho, quanto na geração de novos dados que confirmam a alta qualidade das gemas produzidas na região. O projeto da Mineropar visa mapear a extensão e as variações de espessura do derrame mineralizado, dentro dos limites da área de mineração da Copasp, na localidade de Passa Quatro. Ele tem como objetivo, também, identificar os controles litológicos, estruturais e geoquímicos sobre as mineralizações de ametista. Os investimentos previstos serão aplicados no teste de métodos de prospecção aplicáveis à detecção e delimitação das zonas mineralizadas, aplicando os resultados a outras áreas potenciais para mineralizações de ametista, no Paraná.COOPERATIVA – A Copasp possui atualmente um programa de desenvolvimento com apoio da Secretaria de Indústria e Comércio do Município de Chopinzinho, Sebrae-PR, Senai-PR, Senai/RS, Associação Comercial e Empresarial de Chopinzinho (ACEC) e Associação das Mulheres Rurais de Chopinzinho (AMR).O município tem um laboratório onde é feita a martelação, a queima e a classificação da ametista e uma oficina destinada à industrialização de capelas e geodos (?capelas?). Os cursos ministrados no laboratório e na oficina já profissionalizaram 78 pessoas. Agora, o município se prepara para a realização de um curso de lapidação e artesanato feito à base de ametista.A cooperativa foi fundada em 2005 para organizar e legitimar a exploração de ametista em Chopinzinho e conta atualmente com 28 proprietários de jazidas associados à cooperativa. Eles exploram o mineral em 1.000 hectares legalizados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e comercializam para o Rio Grande do Sul.Segundo o presidente da Copasp, Donival Pedrozo de Lara, a pesquisa geológica em Chopinzinho é importante porque ainda não existe estudo concreto sobre a produção, por metro quadrado, da ametista em basalto. No cascalho, a produção do mineral é de 40 kg por metro quadrado.Para o secretário da Indústria e Comércio de Chopinzinho, Juarez Pompeu, o projeto da Mineropar vem de encontro à política e à legitimidade que a sociedade e a cooperativa querem em relação à exploração de ametista no Paraná. ?A pesquisa dará uma credibilidade maior à qualidade do produto?, conclui.Os resultados obtidos em Chopinzinho serão estendidos a outros municípios do Paraná, principalmente na denominada Região Prioritária.
AEN – Agência Estadual de Notícias