Zinco, níquel e estanho ficam mais caros em 2007
10/01/07
LONDRES, 10 de janeiro de 2007 – A Economist Intelligence Unit (EIU), com sede em Londres, disse que os preços do níquel, do estanho e do zinco deverão aumentar em 2007 devido ao aperto da oferta causado pela interrupção da produção de algumas minas. Esse fator será superado pela queda do alumínio e do chumbo devido à elevação da oferta, disse a EIU em comunicado. O algodão e a borracha registrarão déficit produtivo em relação à demanda.
Mineradoras como a BHP Billiton e o Rio Tinto estão aumentando a produção após os preços recordes alcançados pelos metais em 2006. A EIU está entre as organizações que prevêem que um maior volume da oferta levará à queda dos preços do cobre e do alumínio, neutralizando os aumentos registrados pelas outras commodities.
A EIU prevê que o preço médio do níquel subirá 12% este ano, para US$ 12,10 a libra-peso, ou US$ 26.676 a tonelada, puxado pela demanda por aço inoxidável e pela queda da produção. Ontem o contrato de níquel para entrega em três meses tinha caído US$ 750, para US$ 32.350 a tonelada na Bolsa de Metais de Londres.
O zinco deverá aumentar 16%, para US$ 3.748 a tonelada, devido ao volume apertado dos estoques, segundo prevê a EIU. O estanho vai subir 7%, para US$ 9.259 a tonelada, devido à crescente demanda e à interrupção da produção da Bolívia e da Indonésia. A EIU prevê que a borracha terá sua maior alta em 2007, ao subir 16%, ficando em US$ 2.422 a tonelada, na medida em que o fenômeno climático El Niño afetar os seringais.
Os preços no ano que vem
O El Niño pode se manifestar a cada período de 4 a 7 anos e afetar o padrão do clima mundial, impondo condições de seca no Sudeste Asiático e interrompendo a produção agrícola. A Tailândia é o maior exportador mundial de borracha. Segundo a EIU, os preços dos metais básicos deverão cair 25% em 2008, na medida em que os consumidores migrarem para insumos mais baratos e as melhorias das condições da oferta das mineradoras puxar os mercados para uma situação de superávit. A EIU disse que seu índice de matérias-primas industriais vai cair 16,5% em 2008.
(Bloomberg News – Gazeta Mercantil)