Xstrata diz que gastará bilhões em compras no setor de cobre
06/06/07
Grupo estuda produzir de 150 mil a 300 mil tonelados/ano do metalLuzi Ann Javier e Tan Hwee AnnDa agência Bloomberg
Depois de decidir não elevar sua oferta no valor de US$ 6,4 bilhões pela disputa da canadense LionOre Mining International Ltd., a Xstrata Plc disse estar preparada para gastar bilhões de dólares em aquisições destinadas a expandir sua produção de cobre. A empresa está estudando projetos com capacidade para produzir de 150 mil a 300 mil toneladas de cobre ao ano, disse nesta terça-feira Charlie Sartain, principal executivo da divisão de cobre da Xstrata, em Manila, capital das Filipinas. A alta de cinco anos que aqueceu os preços dos metais estimulou o surgimento de mais US$ 79 bilhões em propostas de compra apresentadas este ano no setor de mineração e metais, comparativamente aos US$ 182 bilhões em 2006. Mick Davis, principal executivo da Xstrata, sediada em Zug, na Suíça, está tentando criar mineradora com operações nos cinco continentes para competir com a BHP Billiton Ltd., o Rio Tinto Group e a Anglo American Plc. A Xstrata pagou US$ 17 bilhões pela canadense Falconbridge Ltd., em 2006.
ciclo duradouro. `A alta dos preços do cobre e do níquel está puxando o fluxo de caixa da Xstrata, e eles estão dispostos a mobilizar mais do que as outras empresas, na convicção de que esse ciclo é mais duradouro`, disse Tony Robson, analista da Global Mining Research de Sidney na Austrália. Segundo ele, isso significa que a Xstrata é capaz de realizar aquisição na faixa dos US$ 20 bilhões aos US$ 25 bilhões.“
As ações da Xstrata subiram 61% em Londres no último período de 12 meses, superando a alta de 16% do Índice FTSE 100, referencial para o mercado. A Xstrata, que se tornou o quarto maior produtor mundial de cobre com a aquisição do Falconbridge, recusou-se a elevar a proposta pela compra do LionOre este mês depois que a GMK Norilsk Nickel, a maior produtora do metal, aumentou sua oferta para 6,8 bilhões de dólares canadenses (US$ 6,4 bilhões). O custo de uma aquisição não será fator limitador para a Xstrata, disse Sartain. Ela `poderá envolver vários bilhões de dólares`, disse ele. `Nós adquirimos empresas do porte da Tintaya, que era empresa operacional no Peru da ordem de US$ 800 milhões, até os US$ 17 bilhões desembolsados pela Falconbridge`, disse ele. `Faria mais sentido comprar projetos que já estão em produção. Temos nome sólido que nos permite levantar capital para aquisições e para o desenvolvimento de novos projetos.“ A escassez de ativos de porte considerável e em produção poderá limitar a busca da Xstrata, disse Paul McTaggart, analista de mineração do HSBC Holdings Plc, lotado em Londres, em entrevista por telefone. A Antofagasta, proprietária de três minas de cobre no Chile, e a Southern Copper Corp., a quinta maior mineradora mundial de cobre, são os alvos mais prováveis.
Jornal do Comercio – RJ