09/03/10

Nesta terça-feira, 23, Yoshio Kawakami, presidente da Volvo Construction Equipment Latin America, anunciou que no ano de 2009 a marca comercializou 1.841 produtos no mercado brasileiro. Este volume, em relação ao ano anterior ? quando 1.554 unidades foram vendidas ? representa um incremento de 17% nos negócios.
 
Kawakami explica que aspectos como a expansão da linha de produtos e a recuperação de economia no segundo semestre do ano passado foram determinantes para o resultado. ?A solidez do Brasil, a inflação sob controle e as ações do governo com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) são fatores que colaboraram bastante?, argumenta.
 
De acordo com os números divulgados, no mercado nacional, os segmentos de construção e extração foram os principais compradores de máquinas da companhia no ano passado, representando quase 60% dos negócios.
 
Além disso, entre os países da América Latina, o Brasil foi o mais importante. No ano passado, segundo a fabricante, do total de 2.460 equipamentos de construção vendidos na região, 73% ficaram em território brasileiro.
 
Entretanto, no último ano, a companhia viveu um novo âmbito comercial pois, de acordo com Kawakami, o ?eixo do mundo deixou de ser o hemisfério Norte e os países do Ocidente, para focar as ações empresariais no hemisfério Sul e as nações asiáticas.
Neste contexto, conforme dados divulgados pela organização, a América do Norte, que em 2008 simbolizava 15% dos negócios da companhia, passou a ter apenas 7%. A Europa, que até então detinha 26% de representatividade caiu para 18%. Em contrapartida, a Ásia cresceu de 6% para 10%, no período.
 
Além disso, os países que formam o chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) incrementaram em 20 pontos percentuais sua importância nos negócios da marca.
Os dados apresentados revelam que entre 2008 e 2009, a importância do Brasil para a Volvo passou de 3% para 5%, a Índia registrou um crescimento de 1%, passando de 2% para 3%. Já a Rússia caiu de 3% para 1%. O maior salto foi registrado pelo mercado chinês que conquistou 49% do volume de negócios da empresa. Em 2008, este índice era de 30%.
 
Produção
 
Mesmo com o ganho de mercado em alguns países, a produção da unidade brasileira, localizada em Curitiba (PR), sentiu os impactos da crise ao longo do ano passado.
 
De acordo com o executivo, a fabricação de produtos caiu de 3.042 unidades ? índice histórico registrado em 2008 ? para 1.512 produtos, volume este destinado, principalmente, para o mercado local. Entretanto, confiante na economia, a empresa prospecta um bom resultado para este ano.
Segundo Kawakami, os índices devem, no mínimo, retornar ao patamar da produção contabilizada em 2008. As estimativas apontam para a fabricação de 3.339 produtos em 2010.
 
Com isso, o faturamento que caiu de US$ 520 milhões, em 2008, para US$ 373 milhões, no ano passado, deve se recuperar um pouco subindo para aproximadamente US$ 430 milhões neste ano.
Com o objetivo de colaborar para que isso aconteça, a Volvo anunciou o investimento de R$ 10 milhões para modernizar sua unidade fabril e a linha de produtos. De acordo com o executivo, estes recursos devem ser utilizados, principalmente, para adequar a montagem que, segundo ele, exige uma logística altamente eficaz, além do departamento de calderaria. Nos anos anteriores, a média de investimentos era de aproximadamente R$ 5 milhões.
 
Novos produtos
 
Para consolidar os bons resultados em solo brasileiro, a Volvo está ampliando a linha de miniescavadeiras no País. A marca está lançando no mercado os modelos EC27C, EC35 C e ECR88 Plus.
 
De acordo Kawakami, ?a nova oferta de modelo visa atender praticamente todas as necessidades dos clientes?. Os equipamentos, segundo a fabricante, são destinados a todos os segmentos do mercado, com destaque para a construção e a agroindústria.
Segundo o executivo, os novos produtos visam atender a uma demanda que deve crescer no futuro, principalmente nas cidades. Kawakami explica que é comum que exista uma procura por produtos menores devido a redução do espaço urbano para a viabilização de empreendimentos.
?Elas são extremamente compactadas, se comparadas com produtos usados convencionalmente por estes setores. Além disso, buscamos oferecer um produto multiuso que possa ser aplicado em diferentes operações?, argumenta.
 
Os novos produtos devem chegar ao mercado brasileiro no próximo mês. A Volvo importará os equipamentos. Não há estudos para viabilizar a produção desse componentes no Brasil.

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