19/01/17

A Vitro, multinacional mexicana que trabalha na fabricação de vidro, espera iniciar a exploração de areia silicosa de alta pureza na jazida de Belmonte (BA) ou julho ou agosto de 2018. A empresa assinou, há dois anos, um contrato de arrendamento com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), com a previsão de produção anual de 25 mil toneladas de areia silicosa.O contrato com a CBPM prevê o retorno de R$ 175 mil anuais para a companhia brasileira. De acordo com um comunicado da empresa divulgado hoje (17), o start-up das operações da fábrica da Vitro em Camaçari (BA) deve acontecer em dezembro do ano que vem.Segundo a CBPM, os projetos da Vitro na Bahia envolvem uma unidade de lavra e beneficiamento da areia silicosa de alta pureza, em Belmonte, no sul do Estado, que fornecerá o principal insumo da fábrica de vidro em fase de implantação em Camaçari.Na lavra e beneficiamento da areia serão utilizados equipamentos que permitirão uma seleção granulométrica prévia, definida conforme especificações, e encaminhada à fábrica em Camaçari. Depois do tratamento metalúrgico a produção de vidros será destinada às indústrias de cosméticos e perfumaria.?Várias atividades do planejamento já foram concluídas. O Contrato de Arrendamento de Direitos Minerários da área onde está localizada a jazida, em Belmonte, foi assinado com a CBPM em fevereiro de 2015 e aguarda averbação do DNPM [Departamento Nacional de Produção Mineral]. O contrato de compra e venda do terreno para construção da fábrica, em Camaçari, foi publicado no Diário Oficial do Estado em setembro de 2016. Além disso, o projeto básico de engenharia já foi concluído e a licenças ambientais da fábrica e de implantação da atividade mineira foram autorizada e outorgada, respectivamente?, afirma a CBPM, em nota.Oscar Vivero, executivo responsável pelos projetos da Vitro no Brasil, apresentou em reuniões com a CBPM e o DNPM um cronograma atualizado relativo à implantação dos projetos da empresa na Bahia, visando inicialmente a fabricação de vidros para embalagem de cosméticos.De acordo com a CBPM, considerando que os recursos para os empreendimentos estão provisionados pela Vitro, os executivos da empresa informaram que só haverá atrasos se as instituições brasileiras não finalizarem em tempo hábil os processos autorizativos, que neste caso deverão ser iniciados em fevereiro de 2017. Na hipótese de atrasos nas autorizações, os projetos podem ser protelados em, pelo menos, um ano.A previsão é produzir 90 milhões de peças por ano e serão gerados cerca de 430 empregos diretos nas duas unidades. O projeto está orçado em US$ 110 milhões.VitroFundada em 1909, a Vitro é uma empresa mexicana de capital aberto. A empresa possui mais de 16 mil colaboradores nos 34 países onde trabalha, dos quais 19 têm fábricas próprias. A linha de produção mundial envolve vidros para automóveis e embalagens, especialmente destinada a produtos de beleza. As informações são da CBPM.Clique aqui e acesse a matéria.

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