Venda de nióbio da CBMM deve crescer cerca de 5% neste ano
26/05/15
As vendas de nióbio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), empresa associada ao Instituto Brasileiro de Mineração ? IBRAM (www.ibram.org.br), deverão crescer aproximadamente 5% em 2015 na comparação com o ano passado, conforme projeções do presidente da empresa, Tadeu Carneiro. E, diante das previsões positivas, a empresa, com planta em Araxá (Alto Paranaíba), mantém o plano de investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão nos próximos três anos.Na avaliação de Carneiro, o perfil de uso do nióbio deverá garantir a continuidade da demanda mesmo com a perda de ritmo do setor siderúrgico global, principalmente na China. O produto é utilizado em segmentos de alto valor agregado, como na produção de aços especiais, utilizados na fabricação de carros e dutos, entre outros.O nióbio também é aplicado em turbinas de aviões e de geração de energia elétrica. Além disso, o produto é usado em lentes ópticas, equipamentos médicos e catalisadores.Em relação ao valor de venda do insumo, Carneiro afirma que atualmente uma das variedades mais simples do produto, aquele utilizado pela siderurgia, é comercializado por aproximadamente US$ 45 por quilo de nióbio contido. Sem revelar detalhes, ele afirma que os preços estão estáveis.Em meio às perspectivas positivas, a CBMM manterá os planos de investimentos em expansão, apesar do momento ruim da economia brasileira. Com os aportes de R$ 1 bilhão, a produção de nióbio no complexo de Araxá vai passar de 90 mil toneladas por ano para 150 mil toneladas anuais.Os aportes englobam um pátio de homogeneização de minério, uma usina de concentração, novas etapas de refino do concentrado e a conclusão do novo lago de rejeito da companhia.Terras-raras – A CBMM mantém ainda um projeto para a produção de terras-raras, iniciado em 2012. Conforme Carneiro, atualmente a empresa produz um sulfato duplo. O produto comercializado, porém, segundo ele, ainda não é o ideal.
As terras-raras são 17 elementos químicos metálicos que geralmente ocorrem juntos na natureza. Estes minerais são insumos para a produção de equipamentos eletrônicos, superímãs, fertilizantes, catalisadores de automóveis, combustíveis, vidros e lentes especiais e fabricação de motores, entre outros.
A CBMM é a principal produtora de ferronióbio do planeta e detém cerca de 80% do mercado global. No ano passado, a produção da companhia alcançou 80 mil toneladas. O volume representa incremento de 4% na comparação com 2013.
Quase a totalidade da produção da empresa, cerca de 95%, é destinada às exportações. O maior mercado da companhia é a China.;
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Diário do Comércio