10/01/07

SÃO PAULO – A mineradora Rio Pomba Cataguases garante que o material despejado no rio Fubá não é tóxico. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) também assegura que não houve vazamento de resíduos tóxicos, mas sim da argila que é o subproduto da lavagem da bauxita.
A empresa informa que, após passar por uma estação de tratamento, a água volta a ser própria para o consumo. “A certeza é de que (o produto) não tem toxidade nenhuma”, garantiu o assessor de Comunicação da companhia, Domingos Ciribelli.
Dados preliminares da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) também não apontaram toxidade na mistura.
Segundo Ciribelli, os engenheiros enviados pela empresa à barragem que se rompeu nesta madrugada, despejando os resíduos no rio, ainda não apresentaram as conclusões da análise sobre as causas do acidente. Para o Ibram, o motivo deve ter sido o excesso de chuvas, “agravado por tromba d`água” que atingiu a região.
O assessor da Rio Pomba Cataguases informou que a mineradora disponibilizou caminhão-pipa e pessoal para ajudar na distribuição de água aos municípios abastecidos pelo rio afetado e na limpeza dos locais invadidos pela lama. A empresa vai colaborar na reconstrução e desinfecção das estruturas afetadas.
O secretário estadual de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, e técnicos da Companhia de Água e Esgoto do Rio (Cedae) disseram nesta manhã que a lama contém óxido de ferro e óxido de alumínio, que são os dejetos da lavagem da bauxita. Esses elementos, segundo o secretário, são suficientes para deixar a água do rio turva e ácida. O material do vazamento está sob análise também pelos técnicos da Cedae.
(Valor Online)

Valor Econômico