Valor das operações de fusões e aquisições dobra no Brasil
06/06/08
São Paulo, 6 de Junho de 2008 – O valor das operações de fusões e aquisições realizadas no Brasil nos primeiros cinco meses deste ano atingiu US$ 46,60 bilhões, mais que o dobro (127,8%) do registrado no mesmo período de 2008. É o que mostra pesquisa realizada pela Thomson Reuters. O resultado representou 74% do volume de operações da América Latina, de US$ 62,78 bilhões, e 3,8% do total mundial, US$ 1,2 trilhão. O movimento no Brasil foi na contramão do mundial, que apresentou uma redução 36,8% em relação aos primeiros cinco meses de 2007, quando havia atingido US$ 1,9 trilhão. O Brasil tem fundamentos macroeconômicos para andar com suas próprias pernas e uma desaceleração maior da economia americana não é motivo para o País não andar mais, disse uma fonte ligada a um banco importante prestador de serviços de estruturação de operações de fusões e aquisições. A expectativa é de que o movimento vai continuar crescendo ao longo do ano e vários são os motivos apontados para fundamentar a previsão. Entre eles, a sofisticação do mercado de capitais, com aumento do numero de empresas com ações negociadas em bolsa de valores. Isso torna mais fácil avaliar os negócios porque as empresas tem seus preços estabelecidos pelo mercado. Além disso, as ações da empresa passam a valer dinheiro na compra de outra, o que também facilita o negócio. Outro motivo é a necessidade de entregar resultados aos seus acionistas o que obriga a busca por crescimento não orgânico, o que acaba sendo um catalisador de fusões e aquisições, que está levando as empresas se internacionalizarem, conforme a fonte. Esse movimento é forte principalmente nos setores de mineração, siderurgia e carnes. Mudança no ranking Nos primeiros cinco meses deste ano houve várias mudanças de posições no ranking dos coordenadores de operações de fusões e aquisições no Brasil. O Credit Suisse assumiu o primeiro lugar no ranking. No mesmo período de 2007, a posição era do Citi. O segundo lugar do ano ficou com o Rothschild. No mesmo período do ano passado, o banco estava na décima segunda posição no ranking. O banco, que é finance advisor exclusivo da BM&F, participou da operação de integração da bolsa com a Bovespa. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 2)(Lucia Rebouças)
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