06/06/14

A Vale repassou para Minas Gerais cinco fazendas que totalizaram 6.247 hectares ? o equivalente a 8.750 campos de futebol como o Mineração. O protocolo de intenções foi assinado ontem pelo o Governador Alberto Pinto Coelho, pela Vale e pelo o Instituto Estadual de Florestas (IEF) para a regularização fundiária e ampliação das áreas de unidade de conversação do Estado. A mineradora não divulgou o valor dos terrenos.
A Vale comprou as fazendas para fazer a doação como forma de compensação florestal por intervenções feitas para a instalação e operações de empreendimentos em mineração. As áreas repassadas possuem conservação de Mata Atlântica e Cerrado, com a presença de espécies da fauna e flora de Minas, como o lobo-guará e a onça-pintada. Todas estão localizadas dentro das áreas de Unidade de Conservação de Proteção Integral ou em locais próximos.
As áreas já existentes dos parques estaduais poderão ser ampliadas com esses novos terrenos, a exemplo da Fazenda Itacolomy, uma das áreas repassadas, que tem mais de 800 hectares, na cidade de Mariana, e fica próxima ao Parque Estadual do Itacolomi. Os outros repasses estão localizados em: Fazenda Laranjeiras (914 hectares ) em Diogo de Vasconcelos; Fazenda Rodeio, entre Ouro Branco;; e Ouro Preto, com mais de 2.300 hectares; Fazenda Alto Rio Tanque, em Itabira; e Fazenda Samambaia , em Pedro Leopoldo.
A Vale mantém ainda 40 mil hectares em unidades de preservação. A mineradora assinou também um convênio com o Sindicato da Indústria Extrativa do Estado de Minas Gerais ( Sindiextra) para repasse de R$ 3,5 milhões para a manutenção de cinco bases de apoio de combate a incêndios florestais em Mariana, Itabira, Barão de Cocais, Itabirito e Nova Lima. O convênio prevê contratação de 48 brigadistas .
Na solenidade, Alberto Pinto Coelho lembrou do Plano de Preservação e Combate ao Desmatamento do Bioma Mata Atlântica, lançado pelo governo no final do mês passado. ? São R$ 50 milhões para ações de curto, médio e longo prazo?, disse.

O Tempo