Vale recebe do BNDES empréstimo de R$ 774,6 milhões para ferrovia
11/07/07
Recursos serão investidos na obra de R$ 1,4 bi de ampliação da Estrada de Ferro Carajás A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) recebeu financiamento de R$ 774,6 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a expansão da capacidade de transporte da Estrada de Ferro Carajás (EFC). Os recursos serão investidos no projeto de ampliação de capacidade da ferrovia, com orçamento total de R$ 1,4 bilhão, que aumentará a capacidade de transporte de 70 milhões de toneladas para 103 milhões de toneladas por ano. A EFC integra um dos mais importantes braços logísticos da Vale do Rio Doce, que liga o interior do Pará, onde localiza-se a maior mina de minério de ferro da empresa, Carajás, ao principal porto marítimo da Região Norte, o Porto de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. Por conta da interligação modal, a empresa será obrigada a fazer novos investimentos também no porto, por onde é exportada a produção de minério da região de Carajás. Os investimentos para o setor de logística da Vale, em 2007, estão estimados em US$ 784 milhões. A expansão da estrada de ferro está diretamente relacionada ao aumento da capacidade de produção de minério na região de Carajás. Os investimentos serão realizados em sinalização das linhas, ampliação e construção de pátios de cruzamentos, oficinas de locomotivas e vagões, ampliação de terminais ferroviários e aquisição de novas locomotivas e vagões. De acordo com o último plano de investimento divulgado pela Vale, Carajás deve receber neste ano investimentos de US$ 66 milhões. Este projeto adicionará 30 milhões de toneladas anuais à capacidade da Vale com instalação de nova usina composta de britagem primária, unidades de beneficiamento e classificação. A previsão de conclusão está prevista para 2009. Mais produtivaInaugurada em 1985, com o propósito de escoar a produção de minério de ferro de Carajás, a EFC, com 892 quilômetros, é atualmente a ferrovia mais moderna e produtiva do Brasil. Os vagões da EFC transportam mais de 60 tipos de produtos , com destaque para minério de ferro e manganês, além de cimento, madeira, combustíveis, veículos, produtos siderúrgicos e agrícolas. A EFC passa por 22 municípios (19 do Maranhão e três do Pará), e é responsável pelo transporte de 1,5 mil passageiros por dia. A concessionária tem hoje cerca de 3,5 mil funcionários e uma frota composta por 119 locomotivas e 8.316 vagões. A ferrovia encerrou o ano de 2006 com o transporte de 89,4 milhões de toneladas, dos quais 23 milhões de toneladas somente no último trimestre do ano. O minério de ferro foi o principal produto transportado com 81,6 milhões de toneladas; seguido do ferro-gusa, com o transporte de 3,4 milhões de toneladas do produto; 1,5 milhões de toneladas de soja, 1,3 milhões de toneladas de manganês, 1,2 milhões de toneladas de cargas gerais e 421,5 milhões de toneladas de concentrado de cobre. Já o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira movimentou 81,7 milhões de toneladas (Mt) de carga geral, 9,8 % a mais que em 2005, 74,4 Mt. Dos produtos embarcados, 75,3 Mt de minério de ferro e pelotas; 3 Mt de ferro-gusa; 1,8 Mt de soja;1,2 Mt de manganês e 428 mil toneladas (mt) de concentrado de cobre.
Jornal do Commércio – RJ