Vale: parcela de minerais ferrosos na receita volta aos níveis do início de 2006
06/05/10
O resultado da VALE (VALE3, VALE5) continuou a mostrar números fortes no primeiro quarto de 2010. A receita operacional bruta da mineradora, de R$ 13,029 bilhões, sofreu incremento de 8,1% em relação ao apurado no último trimestre do ano passado. Esse desempenho, segundo a companhia, deveu-se ao aumento dos preços de venda e à depreciação do real ante o dólar.
As 66,802 milhões de toneladas métricas de minério de ferro e pelotas vendidas no trimestre marcaram queda de 4,3% em relação ao quarto anterior. Acompanhando este marco, a participação em percentual dos minerais ferroros na receita da Vale aumentou entre o último trimestre de 2009 e os três primeiros meses deste ano, representando 67,5% do total – de volta aos níveis do início de 2006.
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Segundo a companhia, “enquanto que os embarques de pelotas cresceram devido ao aumento de utilização da capacidade produtiva, a performance do minério de ferro foi influenciada negativamente pela menor produção da commodity devido à sazonalidade, pelo baixo nível de descarga nos terminais marítimos de Itaguaí e Ilha de Guaíba e pelas paralisações no carregamento de navios devido a manutenção dos viradores de vagões e equipamentos relacionados a descarga no terminal marítimo Ponta da Madeira”.
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Além disso, “a greve em duas de nossas operações de níquel no Canadá, a estação chuvosa no Hemisfério Sul e problemas operacionais nos terminais marítimos de minério de ferro contribuíram para prejudicar o desempenho dos embarques”, revelou a Vale. No primeiro trimestre, as receitas geradas com a venda do minério de ferro totalizaram R$ 6,661 bilhões, 12% a mais que no último quarto de 2009.
Participação na receita bruta – Vale 1T10 Principais minerais %
Minério de ferro ;51,1Pelotas ;13,6Manganês ;0,8Níquel ;9,5Cobre ;3,1Alumínio ;3,6
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Entre os mirerais não-ferrosos, a produção de níquel, que no quarto trimestre de 2009 tinha contribuição de 10,7% na receita bruta total, respondeu nesta apuração por 9,5%. Já a participação do alumínio, de 3,6%, também foi menor que o trimestre anterior (3,8%).
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“O desempenho do segmento de minerais não ferrosos continuou a ser negativamente impactado pela greve em Sudbury e Voisey Bay”, revelou a Vale. No primeiro trimestre, as receitas com minerais não-ferrosos alcançaram R$ 2,983 bilhões, montante R$ 273 milhões inferior ao apurado no último quarto de 2009.
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A mineradora deixou claro, porém, que está executando planos para aumentar a produção de níquel nas operações que estão em greve.
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Origem dos recursos
Em termos de distribuição geográfica, 50,3% da receita bruta total é proveniente de vendas para Ásia, 20,1% da América do Sul, 19,5% da Europa, 6,4% da América do Norte e 3,7% de outras regiões do mundo. A China foi responsável por 30,4% da receita total, o Brasil 17,9%, Japão 11,7%, Alemanha 6,1%, EUA 3,5%, e Coreia do Sul 3,2%.
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Projetos
Em meio aos resultados, a Vale também revelou seus projetos em andamento ou futuros. Para os minerais ferrosos, destaque para o plano de Vargem Grande – Itabiritos, que prevê a adição de 10 milhões de toneladas por ano de minério de ferro à capacidade atual.
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Já entre os minerais não-ferrosos, um dos principais projetos apresentados pela companhia é o de Konkola North. O plano consiste na construção de uma mina subterrânea, localizada no cinturão do cobre na Zâmbia, com capacidade nominal de produção estimada em 44 mil toneladas por dia de cobre contido em concentrado.
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Desempenho operacional e lucro líquido
O lucro líquido do trimestre foi de R$; 2,879; bilhões, 8,6% inferior ao resultado do primeiro quarto de 2009. No mesmo sentido, o Ebitda (geração operacional de caixa) trimestral foi de R$ 5,385 bilhões, contração de 1,2% em relação ao apurado em igual período do exercício anterior.
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