Vale mantém seus investimentos na Colômbia, mesmo com risco polí
06/03/08
O diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, admitiu ontem que os conflitos políticos na Colômbia são um desafio a mais para uma empresa interessada em investir na região. Mas ele acredita que os problemas serão solucionados e não irão atrapalhar a mineradora.Segundo ele, a Vale estuda projetos na área de energia. “[A Colômbia] é um grande potencial de investimento. Esperamos condições adequadas”, disse, após reunião com investidores na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Apimec-Rio). Por enquanto, a empresa não contratou seguro de risco político para projetos no país.No fim de janeiro último, a mineradora negou a informação de que já teria aprovado investimentos de US$ 6 bilhões na Colômbia, desmentindo declarações publicadas pela imprensa brasileira atribuídas ao presidente do país, Álvaro Uribe.Barbosa também afirmou ontem que a empresa continua negociando a compra da mineradora anglo-suíça Xstrata. “As discussões estão em andamento. Se forem concluídas, informaremos ao mercado”, afirmou. O executivo se limitou a dizer que a Vale tem buscado alternativas para criar valor para seus acionistas, apesar de continuar “absolutamente disciplinada”, dando a entender que não vai ultrapassar seus limites financeiros para adquirir a outra empresa.MineraçãoO executivo também comentou o forte aquecimento do setor de mineração, que está se traduzindo em aumentos significativos de preços e disputa acirrada por mão-de-obra. “A competição é cruel. Colocam anúncios em inglês, em Carajás (PA), para trabalhos na Austrália”, disse Barbosa, que traçou um cenário extremamente positivo para o setor até 2012, impulsionado pela China; a Vale prevê expansão de 9% ao ano no PIB chinês até 2012.O Citigroup Inc também prevê aquecimento e preços em alta para o minério. De acordo com analistas do banco, os preços do minério, que subiram entre 65% e 71% e alcançaram seu recorde este ano, avançarão 30% em 2009 devido ao “crescimento robusto e continuado da demanda. A manutenção das condições de arrocho no mercado em 2008 e 2009 servirão de motor para reajustes adicionais e para a alta dos preços nos próximos dois anos”.
DCI