15/08/08

Liliana Lavoratti, Jornal do Brasil

RIO – tem investimentos de cerca de US$ 5 bilhões em novos empreendimentos no Pará e a antecipação, de 2013 para 2012, da conclusão do principal projeto, a implantação da Aços Laminados do Pará. A nova usina siderúrgica a ser construída em Marabá, no sudeste do Estado, exigirá investimento inicial de US$ 3,3 bilhões para produzir até 5 milhões de toneladas anuais de bobinas laminadas a quente, chapas grossas e tarugos.
O anúncio foi feito em Barcarena, Pará, pelo presidente da Vale, Roger Agnelli, em cerimônia de inauguração de mais duas linhas de produção da Alumina do Norte do Brasil (Alunorte). No evento, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff e da governadora Ana Julia Carepa (PT), Agnelli previu ainda a construção de uma nova planta de alumina em Barcarena, em parceria com a Norsk Hydro (Noruega). Segundo ele, a refinaria será desenvolvida em quatro módulos, cada um com capacidade de 1,86 milhões de toneladas por ano. O investimento previsto para o primeiro módulo é de US$ 1,795 bilhão.
? Dizem que mineração só faz buraco. Aqui na Alunorte está provado que produzimos com muita tecnologia e geramos o aumento da infra-estrutura logística em todo o território estadual para o escoamento dessa produção ? afirmou Agnelli.
Recuperação ambiental
Com a expansão inaugurada nesta quinta-feira, a Alunorte passa a produzir 6,26 milhões de toneladas de alumina (matéria-prima do alumínio) por ano. Essa expansão consolida a posição da refinaria como a maior fábrica do mundo no setor, passando a responder por 7% da produção mundial. A alumina da Alunorte abastece o mercado brasileiro e internacional. 85% serão exportados e o restante continuará abastecendo as produtoras de alumínio primário Valesul, no Rio de Janeiro, e Albras, vizinha da Alunorte em Barcarena.
Outro projeto anunciado pela Vale é o Vale Florestar, um programa de reflorestamento no Pará para fornecer matéria-prima a uma nova unidade de produção de celulose que a Suzano pretende construir no Maranhão. Ele enfatizou que esse é o maior projeto de recuperação ambiental já implantado na Amazônia. Os investimentos totais serão de US$ 300 milhões até 2015. Serão beneficiados 300 mil hectares com plantio de espécies nativas associadas a árvores de uso industrial.
A Vale também vai aplicar US$ 898 milhões na Usina Termelétrica de Barcarena (PA), a carvão mineral, que será construída em Barcarena. Serão gerados 5 mil empregos na fase de construção. A potência instalada será de 600 MW. A Vale terá como objetivo gerar energia para os seus projetos.

JB Online