Vale ganhou mais suporte financeiro para compra da Xstrata
19/03/08
A Vale ganhou mais suporte financeiro para usar se decidir fazer uma oferta pela mineradora anglo-suíça Xstrata, segundo fontes próximas ao assunto. As duas companhias ainda estão conversando, dando prosseguimento às reuniões realizadas na semana passada no Brasil. A Vale já conseguiu o compromisso de cinco bancos, em adição ao grupo inicial. Esses bancos concordaram em ter papéis pequenos na dívida, embora os termos e condições tenham sido distribuídos para várias outras instituições que continuam analisando as documentações. A Vale não comentou o assunto e uma porta-voz da Xstrata afirmou que `as discussões estão prosseguindo`. Alguns acionistas da Xstrata disseram que as notícias sobre movimentos financeiros estão aumentando depois que reportagens sugeriram na semana passada que o acordo está próximo de ser fechado. `Trazer mais bancos para as conversas é uma boa notícia. As coisas parecem que estão se movendo na direção certa. Se os dois lados estivessem profundamente divididos, não estariam conversando`, declarou um acionista da Xstrata. A Vale deve levantar entre US$ 35 bilhões e US$ 50 bilhões em empréstimos-ponte para ajudar a financiar a compra da Xstrata. Os bancos que estão liderando o empréstimo são HSBC, Santander, BNP Paribas, Lehman Brothers, Credit Suisse e Citigroup, assim como o Calyon, braço do Credit Agricole para operações de banco de investimento e o Royal Bank of Scotland (RBS)/ABN Amro. Chinalco negocia com Alcoa aumento de participação na Rio Tinto A Aluminum Corp. Of China (Chinalco) está em negociação com a Alcoa sobre a possibilidade de aumentar sua participação na Rio Tinto, segundo o presidente da companhia, Xiao Yaqing. `Estamos conversando com a Alcoa sobre o assunto e, se os preços forem bons o bastante, podemos aumentar nossa participação`. A Chinalco se reuniu com a Alcoa no início deste ano para juntas comprarem 12% das ações da Rio Tinto listadas na Bolsa de Valores de Londres, ou 9% de toda a companhia, por US$ 14,05 bilhões. A Rio Tinto rejeitou as ofertas da BHP Billiton no começo de fevereiro, dizendo que o valor da companhia ainda não havia sido reconhecido. `Este é o primeiro caso em que cooperamos (com a Alcoa) em fusões e aquisições (no exterior) e eu não acho que será o último. Estamos procurando mais oportunidades`, declarou Xiao. A Chinalco também planeja investir 1 bilhão de yuan (US$ 141,2 milhões) por 5% de participação em uma joint venture estatal recém criada, que desenvolve grandes jatos de passageiros e de cargas, de acordo com Xiao. A companhia, tradicionalmente uma produtora de alumínio e alumina, recentemente mudou de estratégia e agora pretende se tornar uma empresa internacional que lida com vários minérios. Xiao, que também é chairman da Chinalco Aluminum Corp. of China Limited (Chalco), uma unidade da Chinalco, afirmou que a Chalco continuará comprando caldeiras de fundição e fabricantes de alumínio domésticos, assim como explorando fontes no exterior. `Esta é uma boa oportunidade de participar da consolidação do negócio de fabricação de alumínio na China, dado seu desempenho relativamente pobre`, disse Xiao. A Chinalco controla 38,65% da Chalco. A maior produtora de alumínio da China em produção espera que o país se torne um importador líquido de alumínio no quarto trimestre deste ano. Os motivos, segundo Xiao, serão a alta dos custos de produção e as perdas causadas pelo forte inverno em janeiro e fevereiro. `O preço médio do alumínio para três meses na London Metal Exchange provavelmente ficará em torno de US$ 3 mil por tonelada métrica neste ano e os preços domésticos devem ser de 20 mil yuan (US$ 2,82) por tonelada métrica?. Xiao também afirmou que a produção de alumínio na China neste ano deve atingir 15 milhões de toneladas e a de alumina, entre 25 e 27 milhões de toneladas. Em 2007, a China produziu 12,28 milhões de toneladas de alumínio e 19,51 milhões de toneladas de alumina. O mercado de alumínio da China deve permanecer equilibrado, mas o consumo de alumina é estimado em cerca de 31 milhões de toneladas, o que pode levar a uma queda nos preços da matéria-prima usada na produção de alumínio no fim do ano. (Fonte: AE)
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