03/04/07

Vera Saavedra Durão03/04/2007

Com 87% de aprovação, os 330 funcionários grevistas da unidade de Sudbury, da CVRD Inco, aprovaram ontem à noite novo contrato de trabalho, negociado entre o United Steelworkers (USW) e a empresa na madrugada de segunda-feira. Com isso, encerrou-se uma greve relâmpago de 48 horas.

Fred Stanford, presidente de operações da empresa em Ontário, disse que o contrato, que vigorará até o primeiro trimestre de 2010, inclue garantias de aumento anual de salário de 2,75%, 2,5% and 2,25% por ano nesse período bem como participação nos lucros. “O contrato foi satisfatório para os dois lados. O mercado de níquel está forte e ele permitirá que nossos empregados continuem dividindo os lucros obtidos pela companhia”.

Apesar de ser a primeira negociação, a Vale conseguiu ter agilidade com o USW, poderoso sindicato norte-americano. É o primeiro embate da mineradora desde que comprou a Inco em 2006.

A negociação envolvia 330 funcionários das áreas de tecnologia e administrativa, devido a pendências monetárias. Entraram em greve à meia noite de sábado, quando expirou o contrato de trabalho. A greve não afetou a produção de níquel das minas locais, que responderam por 93 mil toneladas das 251 mil toneladas da empresa em 2006. Para o analista Rodrigo Ferraz, da Brascan, com isso, a Vale ganha mais pontos no mercado.

Ontem, a Gerdau Ameristeel anunciou que fechou acordo para novo contrato de trabalho com o USW em sua unidade de Whitby, no Canadá. Terá vigência até 2010 e beneficia 600 trabalhadores. As negociações continuam em três outras usinas: Calvert City, em Kentucky; Joliet, em Illinois, e Sand Springs, em Oklahoma, nos EUA.

Valor Econômico