Vale estuda produção de cobre refinado no Estado
14/10/10
Esta semana será decisiva para verticalização de mais uma frente da economia paraense. A mineradora Vale envia técnicos ao Pará para realizar estudos sobre a viabilidade da produção de cobre refinado no Estado. A planta industrial seria instalada na Zona de Processamento da Exportação (ZPE) de Barcarena, onde a empresa já está erguendo a Companhia de Alumínio do Pará (CAP).
A demanda atende a uma sugestão da governadora Ana Júlia Carepa, por ofício ao presidente da Vale, Roger Agnelli, em função de a Vale não ter concretizado a compra da Paranapanema, indústria de produtos a partir do cobre, como fios e cabos trefilados. O governo do Estado, então, sugeriu que a própria Vale montasse uma indústria e ofereceu várias vantagens: a crescente exploração de minério de cobre na região de Carajás; a eficiente e eficaz interligação logística entre as regiões de Carajás e a de Barcarena por meio da Estrada de Ferro Carajás, do porto de Marabá, hidrovia do Tocantins e o porto de Vila do Conde; além das vantagens competitivas, como incentivos fiscais e financeiros, caso a instalação se concretize no Estado.
As zonas de processamento da exportação são áreas espacialmente delimitadas, onde as empresas voltadas para as exportações gozam de incentivos tributários e cambiais, além de procedimentos aduaneiros simplificados. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de cem países utilizam ZPEs para dinamizar a economia, gerando empregos para mais de 60 milhões de pessoas, destas, 40 milhões somente na China.
A ZPE do Pará faz parte do primeiro conjunto de ZPEs autorizadas pelo governo federal e está localizada em uma área de 925 hectares – dos quais 580 hectares já foram vendidos ? em Barcarena. Criado em abril de 1989 pelo Decreto Federal nº 97.663, o espaço foi por muito tempo esquecido no Estado, tanto que só teve a instalação iniciada em abril de 2009, com a construção do Pórtico de acesso e de cerca para segregação da área.
O Liberal