Vale deve operar Moatize em 2010
21/11/08
A subdisiária da Vale, Rio Doce Moçambique, que detém concessão para explorar as reservas de carvão mineral de Moatize, investiu até agora US$ 250 milhões nas atividades para reativar a mineração na província de Tete, em Moçambique, de acordo com relatório publicado no jornal moçambicano Notícias.Quando ganhou o concurso de concessão, em 2004, a companhia brasileira pagou mais de US$ 123 milhões pela licença, que terá duração de 25 anos. A Rio Doce prevê que em 2010 e 2011 comece a extração de carvão, com potencial de produção anual de 40 milhões de toneladas. As reservas carboníferas de Moatize são estimadas em pouco mais de 2,5 bilhões de toneladas de carvão, o que a torna a maior daquele país. Para o transporte do carvão que será extraído das minas de Moatize, está em reconstrução a linha-férrea de Sena, que liga a área de produção e o porto da Beira, na província de Sofala (centro de Moçambique), numa extensão de 600 km e que deverá ficar operacional a partir de 2009.
Acessos alternativos para o escoamento de parte do carvão que sairá de Moatize serão estudados devido à dificuldade da linha de Sena garantir sozinha o transporte. Uma das saídas inclui a construção de uma linha-férrea que entra em parte do território do Malawi e terá um terminal no porto de Nacala, na província moçambicana de Nampula. A necessidade de recorrer ao porto de Nacala surge do fato de se constatar que não será possível escoar as quantidades previstas apenas pelo Porto da Beira. Além da Rio Doce, muitas outras empresas têm manifestado interesse em usar a linha de Sena. Ao todo, existem 42 companhias em Moçambique que detêm licenças de carvão, 95% das quais estão instaladas em Tete e as restantes na província do Niassa.
Brasil Infomine / Brasil Mineral