Vale descobre 2 bi de toneladas de carvão em Moçambique
28/11/06
Maputo – A Companhia Vale do Rio Doce divulgou nesta terça-feira, em Maputo, o resultado de seu estudo de viabilidade para exploração de carvão na região moçambicana de Moatize (centro), revelando um potencial de produção de dois bilhões de toneladas de carvão, por 35 anos.
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A Vale é a principal interessada na exploração das reservas de Moatize, província de Tete, tendo vencido uma licitação, em novembro de 2004, para explorar as minas da região.
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Desde então, a companhia vinha realizando a pesquisa de viabilidade, que, de acordo com o diretor da Vale, Galib Chaim, tem 22,5 mil páginas, contou com mais de 500 técnicos e um investimento de cerca de R$ 66,3 milhões.
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A participação da companhia na exploração de Moatize depende agora da resposta do governo moçambicano aos resultados da sondagem, segundo a ministra moçambicana dos Recursos Minerais, Esperança Bias.
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“Este é um estudo que apresenta aquilo que foi feito nos últimos 24 anos e o governo moçambicano tem dois meses para fazer a avaliação e esclarecer possíveis dúvidas”, esclareceu Bias.
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Os dados apurados pela Vale apontam para uma capacidade de produção carbonífera de 26 milhões de toneladas de carvão em bruto por ano, dos quais podem ser extraídos 12 milhões de toneladas de produto comercializável.
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Entre os componentes a extrair estão o coque, para a indústria metalúrgica, e o carvão energético, destinado à produção de energia elétrica.
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O potencial energético apurado pela Vale em Moatize pode ser explorado durante 35 anos, ou seja, 10 anos a mais que o prazo máximo de concessão previsto pela lei moçambicana de minas, que está fixado em 25 anos.
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Além do potencial existente e da capacidade de produção anual, o estudo avaliou ainda a qualidade do produto, as necessidades do sistema de transporte para o escoamento do carvão, o impacto social e econômico do empreendimento, entre outros elementos.
Agência LUSA