Vale consegue licença prévia para ampliar produção em Corumbá
25/03/14
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) liberou a Licença Prévia (LP) que permite à Vale ampliar de 4 milhões de toneladas para 10,5 milhões de toneladas por ano a produção de minério de ferro da unidade de Corumbá (MS). A LP é válida até 14 de março de 2018, conforme publicado pelo Diário Oficial da União na semana passada.
De acordo com a Vale, essa primeira autorização mostra que o projeto é viável e que o órgão ambiental quer saber mais sobre o empreendimento. ?É uma pequena vitória e a Vale vai agora desenvolver mais, detalhar mais o projeto para, posteriormente, pedir a licença de instalação?, afirmou a assessoria de comunicação da mineradora ao jornal Diário Corumbaense.
Segundo a empresa, estão previstas a expansão das atividades de lavra nas morrarias Santa Cruz e Grande; a instalação de adutora para captação de água nova do rio Paraguai, para suprir as necessidades da atividade; a ampliação do pátio de armazenagem; a implantação de terminal ferroviário; a ampliação da estrada de serviços que dá acesso à mina MCR-Vale; a implantação de nova planta de beneficiamento e de nova barragem de rejeitos e a instalação de linha de distribuição de energia de 34,5kV.
Todo o empreendimento está orçado, inicialmente, em R$ 1,3 bilhão, segundo dados do projeto divulgados pelo Ibama. O cronograma da Vale prevê 29 meses para execução dos serviços de ampliação, após a concessão da Licença de Instalação (LI).
A Vale mantém hoje cerca de 1,2 mil empregados em Corumbá, sendo que 95% deles são da região. Para as obras da próxima fase está prevista a contratação de 2 mil pessoas e, após entrar em operação, devem ser contratados 250 profissionais.
A expansão da produção para 10 milhões de toneladas de minério de ferro por ano prevê captação de água a partir da construção de uma adutora no rio Paraguai, em Albuquerque. A adutora terá 35 quilômetros de extensão, ligando a mina ao rio e vai captar aproximadamente 280 metros cúbicos de água por hora.
De acordo com a empresa, cerca de 85% da água será reaproveitada pelo sistema e os 15% restantes serão retirados do rio Paraguai para completar o ciclo interno.
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