Vale acelera os projetos de níquel e de pelotas de ferro
20/02/08
A Vale anunciou ontem que dois de seus mais importantes projetos serão viabilizados nos próximos meses. O projeto de níquel de Goro, no valor de US$ 3,2 bilhões, no território francês de Nova Caledônia, localizado no Oceano Pacífico, começa a operar em meados deste ano. Além disso, a Samarco Mineração, associação da Vale com a BHP Billiton, vai lançar no dia 18 de abril sua terceira unidade no Brasil, que terá investimentos de US$ 1,5 bilhão para produzir 7,6 milhões de toneladas de pelotas de ferro.A Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro e a segunda maior fabricante de níquel do planeta.Também ontem, a companhia informou que concluiu a negociação do reajuste do preço de referência do minério de ferro fino para 2008 com a ThyssenKrupp Steel (ThyssenKrupp), a maior siderúrgica da Alemanha.Como resultado destas negociações, o preço de referência para o minério de ferro fino do Sistema Sul (SSF), FOB Tubarão, aumentou em 65% em relação ao preço de referência de 2007, enquanto o preço de referência para o minério de ferro fino de Carajás (SFCJ), FOB Ponta da Madeira, aumentou em 66% em relação a 2007.Os novos preços de 2008 para mercado europeu, por tonelada, são US$ 1,3441 por unidade de ferro para o Sul e US$ 1,4060 para o de Carajás.Expansões na pautaO presidente da Samarco, José Tadru de Moraes, disse no Espírito Santo que a nova unidade da empresa vai produzir 20 milhões de toneladas de pelotas este ano e que em 2009 serão 22 mmilhões de toneladas.A Samarco pode estudar também a construção de uma quarta unidade do Brasil, a depender da demanda do mercado, disser Ricardo Vescovi, diretor de Operações da companhia.O projeto de níquel de Goro, no território francês de Nova Caledônia, entrará em atividade em meados deste ano. Mais de 70% das obras já estão concluídas, disse Jeff Zweig, vice-diretor executivo da Goro Nickel, divisão da Vale. Todos os principais equipamentos já foram entregues no local, garantiu.”Nós começaremos o processo de encomendas em meados do ano”, disse Zweig “Nós estamos no caminho certo para iniciar a produção até o final de 2008. Nós também mantivemos nossa estimativa anterior de US$ 3,2 bilhões.”O projeto refere-se a uma das maiores minas de níquel em construção no mundo e produzirá 60.000 toneladas de níquel por ano quando sua produção estiver totalmente ativada. O preço do níquel recuou 35% desde 27 de março de 2007, quando a Vale disse que Goro cumpriria uma meta revisada, que previa o início da produção para o fim de 2008.CSN sonha com a CespDo lado dos produtores de aço, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está de olho no mercado de geração de energia. A empresa informou que estuda participar do leilão da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Além da CSN, a Light, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) já confirmaram o interesse em entrar na disputa pela geradora paulista. A empresa tem uma capacidade de 7,5 mil megawatts.A CSN é auto-suficiente em geração de energia e consegue economia anual de US$ 40 milhões. As suas três unidades – usina Hidrelétrica de Ita, Usina de Igarapava e a Central Termoelétrica de Volta Redonda – geram 450 megawatts, volume superior ao consumo de sua fábrica no Rio de Janeiro e da mina de Casa de Pedra, em Congonhas, Minas Gerais.Já a ArcelorMittal Inox Brasil (ex-Acesita) irá decidir, nas próximas semanas, a possível conversão do alto-forno 2 da usina de Timóteo (MG) de carvão mineral para carvão vegetal. A proposta será submetida ao conselho de administração entre março e abril, disse ontem o presidente da empresa, Jean-Philippe Demaël.”O desafio das empresas siderúrgicas será ser independente para minério de ferro e para carvão e coque”, afirmou.A Vale anunciou para meados deste ano a entrada em operação da mina de níquel na Nova Caledônia. Já a Samarco, associada da Vale com a BHP Billiton, terá sua 3ª unidade no País para a produção de pelotas.A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está de olho no mercado de geração de energia e estuda participar do leilão da Cesp. Light, a Cemig e Copel também têm interesse.
DCI