Usiminas começa operações de nova coqueria em Ipatinga
23/09/10
SÃO PAULO – A Usiminas deu início às operações da nova coqueria instalada na usina de Ipatinga (MG), um projeto que recebeu investimento de aproximadamente R$ 700 milhões, com vista à busca do grupo por autossuficiência no suprimento de matérias-primas.
A unidade – a terceira da usina – tem capacidade de produzir 750 mil toneladas de coque, um insumo utilizado como agente de redução de minério de ferro em altos-fornos.
“Estamos sempre atentos a oportunidades de redução de custos operacionais e é isso que estamos alcançando com a entrada em operação da nova coqueria”, destaca o vice-presidente industrial interino da Usiminas, Marco Paulo Penna Cabral, em comunicado ao mercado.
A empresa assinala que a nova coqueria vai eliminar sua exposição às oscilações do preço do insumo no mercado externo, dado que toda a demanda por coque da usina de Ipatinga passará, no futuro, a ser suprida pela produção própria desta matéria-prima.
Durante o pico das obras da terceira bateria de coque, foram gerados 5 mil empregos diretos, informa a companhia.
A coqueria 3 corresponde à conclusão do primeiro de quatro grandes projetos siderúrgicos tocados pelo grupo, que incluem o aumento de 450 mil toneladas na capacidade de produção de chapas grossas e uma nova linha de galvanização de 550 mil toneladas, ambos projetos desenvolvidos em Ipatinga.
Na usina de Cubatão, a companhia está instalando uma linha de tiras de aço laminadas a quente, que prevê investimentos de R$ 2,53 bilhões. A unidade começará a produzir no segundo trimestre de 2011, com capacidade de 2,3 milhões de toneladas de tiras, muito usadas pelas indústrias automobilística e petroleira.
Fora isso, a Usiminas toca um programa de investimentos de R$ 4,1 bilhões para elevar sua produção de minério de ferro ao patamar de 29 milhões de toneladas até 2015, ante um volume atual próximo a 7 milhões de toneladas anuais.
A expectativa do grupo é investir R$ 3,2 bilhões neste ano e mais R$ 2,7 bilhões em 2011, desconsiderando aqui os desembolsos previstos para a área de mineração.
O Globo