Unifal conquista medalhas de ouro e prata nos Jogos Internacionais de Mineração
11/04/17
O Time Mining Games UNIFAL-MG; participou, entre os dias 22 a 26 de março deste ano,; do 39º International Mining Games, as olimpíadas anuais da mineração, sediadas na Univeristy of Kentucky, em Lexington, Kentucky (EUA).A equipe foi formada por cinco estudantes de Engenharia de Minas do Campus Poços de Caldas ? MG da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG): Paula Cintra, Natália Selvatti, Hugo Otoni, Augusto Silva e Henrique Lima, capitão da equipe. Pela quarta vez consecutiva o Time Mining Games UNIFAL-MG representou a América Latina, o Brasil, Poços de Caldas e a UNIFAL-MG nos Jogos Internacionais de Mineração.O projeto, que foi iniciado no ano de 2012, evolui a cada ano. Em 2016 a participação ocorreu em Butte, Montana, nos Estados Unidos, nos anos anteriores, em 2015 em Kalgoorlie, na Austrália e em 2014, primeira vez na competição, foi em Rolla, Missouri nos EUA.Previamente às provas da competição, a equipe teve a oportunidade de participar de algumas visitas pelo estado de Kentucky. Como por exemplo, a uma mina administrada pela Companhia Nally & Gibson, que trabalha com extração de rochas, areia e cascalho. No local os estudantes participaram de simulações com explosivos além de presenciarem como era feita a extração de calcário, areia e cascalho e também puderam testemunhar um estudo feito no local sobre ventilação em minas subterrâneas.A sede dos Jogos deste ano contou com temperaturas variadas, desde 23º positivos até 2º negativos, mas foi possível se adequar no espaço curto que tinham durante o dia dos treinos oficiais e durante toda a competição. A equipe brasileira iniciou os treinamentos constantes entre dezembro de 2016 até março deste ano, se adequando aos materiais e equipamentos no centro de treinamento localizado dentro do campus.São, no total, sete provas distintas. A equipe pode treinar em sua totalidade quatro delas (Hand Steel, Gold Pan, Swede Saw e Survey). Duas das provas foram treinadas de maneira alternativa (Track Stand e Mucking ? a prova mais tradicional do evento), utilizando, por exemplo, tambores ao invés de um carrinho de minério, equipamento para o qual se busca, junto dos próprios trilhos de trem utilizados nas provas, apoio e parcerias de empresas. Houve, no entanto, uma prova para a qual o time treinou apenas no dia oficial de treinos durante o evento, a prova Jackleg que, para execução no CT, necessita de equipamentos e materiais com custos mais elevados: uma perfuratriz pneumática de coluna, a bomba e os blocos de concretos.A 39º edição contou com a participação de 32 equipes, sendo que na categoria mista, da qual o Time faz parte, foram 12 times competindo, o time brasileiro ocupou a 6ª posição geral entre times do mundo inteiro.Vale ressaltar que nesta edição foram conquistadas medalhas de Ouro e Prata nas provas. A medalha de ouro veio pela prova Survey, que consiste em uma prova de topografia, na qual devem ser encontradas as coordenadas de um ponto a partir de um outro ponto, do qual se conhece sua coordenada e seu azimute de ré, utiliza-se um teodolito com mais de 100 anos, a primeira medalha de ouro do Brasil na história do evento internacional. Nesta prova, o resultado da equipe foi excelente; obteve-se um erro de 0,23 ft acumulado dos três eixos, resultado com umas das melhores precisões do dia. A medalha de prata veio pela prova Swede Saw, em que os cinco membros de cada equipe serrem um bloco de madeira seguidamente no menor tempo possível, o resultado foi de 2min e 37s, detalhe para diferença do bronze que foi apenas de 2s, que ficou com a equipe do Colorado, com tempo de 2min e 39s. Na cerimônia de encerramento, ao ser chamada para subir ao palco e receber as medalhas e as placas de premiação, a equipe brasileira foi ovacionada por estudantes, professores, juízes da competição, profissionais e membros das empresas patrocinadoras de todo o mundo, manifestação presenciada durante todo o evento: o Brasil sendo bem representado e sendo festejado não apenas pela participação, mas também por apresentar resultados positivos e estar evoluindo a cada ano, com perseverança, comprometimento, busca por excelência e paixão, paixão que abrange todo o setor da mineração através do desenvolvimento da prática e da celebração esportiva.Para a efetivação do projeto de 2017 o maior obstáculo foi arrecadação financeira e os patrocínios, que foram poucos para esta edição. Destaca-se o patrocínio direto da empresa TSL – Transportadora Santa Luzia de Aguaí ? SP (parceira desde o ano de 2014) e da empresa Plan4r – Engenharia, Drones& Geotecnologia. Houve apoio de algumas empresas e instituições como: Pró-Reitoria de Extensão da UNIFAL, Metabase- Sindicato dos Trabalhadores, CAVE Agronomia, Mineração e Meio Ambiente, Laboratório Freire e o ENTMME (Encontro Nacional de Tratamento de Minérios & Metalurgia Extrativa). Até a próxima participação, continua a busca pelo patrocínio de empresas do setor da mineração, um diferencial das equipes estrangeiras, as quais são patrocinadas anualmente por diversas empresas da área.Embora a parte financeira foi um grande obstáculo para a concretização da participação, a experiência dos estudantes nos Jogos Internacionais equivale a todo o esforço para reconhecer a faculdade internacionalmente e adquirir culturas e experiências novas para a indústria de mineração. Muitas dúvidas e aprendizados, o projeto 2017 foi um sucesso e a equipe brasileira está feliz em divulgar isto a todos os familiares, amigos, colegas, professores, comunidade mineira e apoiadores. As duas medalhas que vieram para o Brasil premiaram; os estudantes e aqueles que acreditam e apoiam o projeto como um todo.;
Assessoria