Trabalho de mapeamento de fornecedores da REDES/FIEPA vence desafios e projeta expansão de pequenos negócios e agricultura familiar no Pará
31/08/23
Destaque para a potencialidade dos fornecedores locais em atender a indústria da mineração
Mais de R$ 1 milhão anuais. Esse foi o faturamento de uma cooperativa que participou do projeto-piloto chamado Prata da Casa, da Vale, no sudeste do Pará, em parceria com a REDES/FIEPA. O trabalho envolve mais de 30 cooperativas envolvidas no fornecimento de insumos para a indústria mineral e o comércio local.
O objetivo do programa de desenvolvimento de fornecedores da REDES é expandir os negócios e ainda o turismo; os resultados são promissores, como destaca o coordenador técnico da REDES/FIEPA, Alberto Anders. “Tivemos várias empresas com processo de aceleração muito bom, com elevação do nível de maturidade de seus negócios e que estão conseguindo conquistar mercado atendendo não só a empresa mineradora e as prestadoras de serviço, mas também o mercado local”, diz. Os empreendimentos de base comunitária estão ganhando investimentos ainda maiores devido ao fator ambiental, que conquista cada vez mais importância com a proximidade da COP30 em Belém.
Anders destaca que a apicultura é uma atividade importante e chave dentro dos negócios porque “é uma grande contribuição à natureza. Precisamos dela para que a atividade evolua. Outros produtores também vão receber a implantação da cultura orgânica, menos agressiva ao meio ambiente, valorizando a bioeconomia. Tudo isso está sendo disseminado no nosso trabalho de acompanhamento e monitoramento desses empreendimentos”.
O objetivo do trabalho de mapeamento dos empreendimentos é também oportunizar a esse público o acesso ao mercado não só com as mineradoras, mas com compras governamentais, setor público e privado e de outras empresas da localidade. E é no trabalho de mapeamento de fornecedores que tudo começa. “O mapeamento acabou sendo o pontapé para toda a cadeia de fornecedores do Estado do Pará que é onde a gente atua (…) A indústria e a gente (REDES) unidos nessa parceria percebemos que saber qual região de interesse, as demandas que podem ser atendidas, o levantamento e o diagnóstico ajudam a dar seguimento no que acabaria sendo demandado a um fornecedor de fora do Estado e de outra região”, revela a gerente de projetos da REDES/FIEPA, Rafaela Leoncy.
Entre os desafios listados dentro da cadeia de fornecedores no Pará estão inconsistências nos CNPJs ativos, que muitas vezes não correspondem à atividade real do fornecedor, além da própria logística do Pará, destaca Rafaela Leoncy. “As áreas mais afastadas geram problemáticas de acesso. O fornecedor precisa, além da eficiência no trabalho, ficar atento aos indicadores de ESG para se alinhar às práticas da grande indústria da mineração”.
A comunicação, perdas de prazos, gerenciamento de contatos, qualificação de fornecedores e a educação digital ainda são alguns gargalos dentro da cadeia de fornecedores do Pará. E o mapeamento da REDES tem feito diferença na superação desses obstáculos. A mudança de mentalidade é um trabalho constante. “Como dica de negócio, eu penso que todo empreendedor precisa estar preparado. Por menor que seja sua empresa, é preciso entender qual a sua missão, quais seus valores, seu propósito. A melhor inovação, o melhor ambiente, a melhor experiência para o cliente”, sugere o gerente de projetos REDES/FIEPA, Euripedes Amorim.
A REDES atende os fornecedores e os potenciais com vários eventos como workshops, palestras, rodadas de negócios, parcerias com entidades de classe e regularizações. “Muitas vezes não é uma grande empresa que vai ser a melhor, pode ser um pequeno negócio, num pequeno espaço, mas que ele esteja preparado para atender essas oportunidades que surgem no dia-a- dia”, continua Amorim. “Nosso papel é fazer a interlocução. Não entramos nas tratativas, mas na aproximação”, reforça.
Para os próximos anos, o Gestor Executivo da REDES, Marcel Souza, projeta avanços ainda maiores na potencialidade de fornecedores locais com o trabalho feito com os projetos da FIEPA. “Acredito que se o poder público conseguir andar na mesma velocidade que o setor privado ninguém segura o Pará e o Brasil. (…) Temos investimentos previstos, bons profissionais à disposição, excelentes fornecedores, tanto os que já são parceiros quanto os que querem fazer parte, é só juntar a engrenagem e é sucesso. Uma iniciativa da REDES como essa e no caso da cadeia da mineração não tem como não ter boas expectativas”.
Marcel destaca ainda que apostar nas caraterísticas do fornecedor local é fundamental. Há resiliência, força de vontade e conhecimento. “O fornecedor fora da capital (Pará) é herói. Enfrentar uma logística bastante precária e mesmo assim conseguir fazer bons negócios e parcerias crescentes é para aplaudir. Também temos muito a ensinar. Ser parceiro de uma indústria na Amazônia em locais remotos, não é para qualquer fornecedor. Os conhecimentos que temos aqui é para exportar para o Brasil e para mundo”, pontua.
Sobre a EXPOSIBRAM
Composta de multiatividades em um único período e local, a EXPOSIBRAM é realizada anualmente e conta com a participação das principais entidades relacionadas ao setor mineral. A feira internacional é a maior vitrine para geração de negócios. Já o congresso debate cenários e revela as tendências do segmento.
Patrocínios:
Figuram como patrocinadores da EXPOSIBRAM 2023 até o momento: Armac (Diamante), Vale (Diamante), Casa dos Ventos (Platina), Hydro (Platina), Anglo American (Ouro), BHP (Ouro), Hexagon (Ouro), Kinross (Ouro), Nexa (Ouro), Alcoa (Prata), Bemisa (Prata) Geosol (Prata), Mineração Usiminas (Prata), Appian Capital Brazil (Bronze), Brazauro Recursos Minerais (Bronze), CBMM-Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (Bronze), Centaurus Metals (Bronze), Geocontrole (Bronze), Gerdau (Bronze), Largo (Bronze), Mosaic Fertilizantes (Bronze), WSP (Bronze) e Yara Brasil (Bronze).
Apoios:
Apoiam institucionalmente o evento a Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas em Geral, Usinagem e Artefatos de Ferro e Metais (ABFA), Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira de Engenheiros de Mineração (ABREMII), Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Associação das Mineradoras de Ferro do Brasil (AMF), Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (ANEPAC), Associação Paulista de Engenheiros de Minas (APEMI), Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBMG), Comissão de Direito Minerário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB MG), Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA) e Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo (SINDIPEDRAS).
A EXPOSIBRAM 2023 conta, ainda, com o apoio editorial das Revistas Amazônia, Areia e Brita, Brasil Mineral, Cidades Mineradoras, Eae Máquinas, Minérios & Minerales, Mineração e Sustentabilidade, In The Mine, PIM Amazônia e dos sites Climatempo, Conexão Mineral, Notícias de Mineração do Brasil e Notícia Sustentável.