Técnicas fazem motores usarem menos metais de terras raras
10/05/12
Projeto feito nos EUA pretende minimizar o uso desses materiais
Atualmente, a maioria dos motores de carros são feitos a partir dos chamados metais de terras raras – nome dado a 17 elementos que estão bastante dispersos na superfície terrestre, como o lantânio, o neodímio e o escândio. Mas a China, atualmente, controla mais de 90% da produção de metais de terras raras e têm grandes restrições à sua exportação
Para lidar com a escassez de recursos, a agência de pesquisa avançada do Departamento de Energia dos Estados Unidos (ARPA-E), introduziu recentemente o programa Alternativas para as Terras Raras em Tecnologias Críticas. Iniciado no começo deste ano, o projeto distribuiu US$ 22 milhões para 14 programas de pesquisa no campo.
De acordo com o cientista do Departamento de Energia norte-americano, Mark Johnson, o objetivo do programa é manter as vantagens dos motores a magnetos permanentes usando poucos ou, até mesmo, nenhum metal de terras raras. Esses motores são os tipos mais populares usados nos sistemas elétricos e híbridos.
“Toda nova abordagem não deverá sacrificar a produção de energia e a eficiência ou aumentar os custos”, diz.
Como a maioria das pesquisas sobre o assunto ainda está em fase inicial, nenhum novo projeto chegará em breve ao mercado. “Os projetos têm duração de três anos e, então, os que obtiverem mais sucesso nas pesquisas ainda deverão passar por testes de mercado”, explica.
Estudos. Durante grande parte do século passado, a solução direta para melhorar a performance dos carros foi instalar motores maiores nos modelos. Nos carros híbridos e elétricos que estão por vir, a solução para esse mesmo desafio de melhorar a performance pode ser instalar motores com magnetos mais potentes.
Mesmo sendo os mais populares, os motores a magnetos permanentes não são o único modelo funcional. Motores a indução, por exemplo, produzem uma corrente elétrica para criar o campo magnético que faz o eixo do motor girar. Já os motores a magnetos permanentes confiam no campo existente que os circunda.
“Pela mesma quantidade de energia empregada, se comparado a um motor a indução, o motor a magneto permanente sempre será menor, mais leve e mais compacto. Eles criam um campo magnético sem produzir corrente. Um motor desse tipo usará a bateria do veículo de forma mais eficiente em uma faixa maior de velocidades”, analisa John Miller, pesquisador do Laboratório Nacional Oak Ridge, no Tennessee, nos EUA.
O Tempo