Sustentabilidade: Indústria Mineral precisa de objetivos de longo prazo
20/10/16
O Setor Mineral evoluiu muito no campo da sustentabilidade, mas ainda não tem todas as respostas. Segundo o Kulvir Singh Gill, diretor sênior e colaborador da Kellogg Innovation Network, a Indústria da Mineração precisa aprender a dialogar com as comunidades e ter objetivos de longo prazo para a sustentabilidade do negócio. Kulvir foi o moderador do painel ?A Rede Kellogg Inovação (KIN): Porque a parceria; para o desenvolvimento é o futuro da mineração?, no terceiro dia da 24ª edição do World Mining Congress (WMC 2016).
O debate explorou as dimensões sociais, econômicas e ambientais que são tão vitais para a Indústria Mineral e um futuro que prevê uma distribuição equitativa dos benefícios para todas as partes interessadas. Ao mesmo tempo em que vive um cenário de acentuada desaceleração no preço das commodities e da demanda por minerais, o setor continua a enfrentar desafios complexos especialmente mantendo a sua licença social para operar em face do aumento do ativismo comunitário.
O painel contou com a participação de duas Organizações Não Governamentais ligadas ao desenvolvimento sustentável representadas por Antonio Werneck, diretor-executivo da The Nature Conservancy Brazil (TNC) e Sergio Andrade, diretor executivo da Agenda Pública, voltada a melhorar a qualificação da gestão pública. Andrade informou que a ONG trabalha com a Cepal na elaboração de um documento para o desenvolvimento de parcerias. Werneck alertou que é preciso tempo e empenho para desenvolver confiança com as comunidades e demais stakeholders. ?A ideia é como evitar uma crise. Se está no meio dela já é tarde demais?, alertou Werneck.
Entre os representantes de interesse público, o Rev. Séamus Finn, OMI chefe da Fé Investimento Consistente, OIP Investment Trust & Chair, Centro de Interfaith de Responsabilidade Corporativa, discorreu sobre as preocupações da Igreja para realizar seus investimentos em empresas social, econômica e ambientalmente responsáveis. Juan Eduardo Balmaceda, engenheiro sênior do grupo de meio ambiente da consultoria de projetos Hatch, do Peru, observou que a consciência ambiental já faz parte do DNA das novas gerações. Segundo ele, a visão é positiva do futuro da mineração especialmente após os recentes acidentes que elevaram a preocupação da indústria com segurança e sustentabilidade. Jon Samuel, diretor de assuntos governamentais e sociais da Anglo American do Reino Unido, afirmou que o investimento sustentável da empresa está melhor do que há 20 anos, mas reconhece que ainda é possível evoluir mais.;;
Painel ?A Rede Kellogg Inovação (KIN): Porque a parceria; para o desenvolvimento é o futuro da mineração? – Foto: Hans Georg/Argosfoto
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