Siderúrgicas da Europa devem contar com menor demanda, diz fonte
04/07/10
As siderúrgicas europeias deveriam cortar a produção para estabilizar preços durante uma provável desaceleração na demanda no segundo semestre, afirmou a maior trading independente do setor de aço da Europa, a Kloeckner & Co.
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“Se os produtores tirarem capacidade do mercado, então os preços podem subir no final do terceiro trimestre”, disse o presidente-executivo da companhia Gisbert Ruehl à Reuters Insider nesta sexta-feira.
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“Em termos de demanda na Europa no segundo semestre, será provavelmente mais fraca que a do primeiro semestre”, disse ele.
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Ruehl afirmou esperar que a bobina a quente, um produto siderúrgico de referência usado principalmente na produção de carros, possa ter seu preço reduzido para cerca de 550 euros (US$ 673) a tonelada no terceiro trimestre.
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A bobina a quente teve um preço médio de 530 euros por tonelada no segundo trimestre e atingiu um pico de 600 euros no final de junho.
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Ainda nesta sexta-feira, a quarta maior siderúrgica da Rússia, Novolipetsk Steel, informou que os preços do terceiro trimestre vão provavelmente cair por causa da fraca recuperação nos mercados desenvolvidos.
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Em junho, a maior produtora de aço do mundo, ArcelorMittal, divulgou que estava considerando paralisar três fornos na Europa para se adaptar à demanda mais fraca.
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A redução na demanda também tem sido sentida pelo maior produtor de aço do mundo, a China, onde os preços caíram mais de 10% desde o ápice em meados de abril.
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Algumas siderúrgicas chinesas estão cortando produção conforme o governo do país tenta resfriar a economia.
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Enquanto isso, a sul-coreana Posco informou em 22 de junho que iria elevar preços de produtos siderúrgicos em 6%, menos do que o esperado.
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Ruehl afirmou que, com base na produção europeia de janeiro a maio, a produção no ano será de cerca de 180 milhões de toneladas. “Mas a demanda esperada para este ano é de cerca de apenas 150 milhões, então a capacidade precisa ser reduzida”, disse ele.
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