Setor mineral prevê expansão com investimentos de US$ 13 bilhões
06/11/08
Apesar da crise internacional, o crescimento da indústria mineral no Estado previsto para os próximos anos supera os altos e baixos e deve ser o fiel da balança para o aumento do Produto Interno Bruto do Pará até 2012, quando devem se consolidar a enxurrada de investimentos previstos por grandes empresas, como a Vale, nas cidades paraenses. Somente até 2010 devem ser derramados mais de 13 bilhões dólares no Estado pelas empresas do setor mineral, com expansão dos projetos instalados e implantação de novos.
É pela importância desse setor para sua economia e pela relevância mundial de suas reservas minerais que o Pará recebe o I Congresso Internacional de Mineração, junto com a Exposição Internacional da Mineração da Amazônia (Exposibram 2008), que vai ser realizado entre os dias 10 e 30 deste mês, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. O mundo da mineração deve se encontrar em Belém, com cerca de 500 representantes desse importante seto econômico de várias regiões do planeta.
Hoje, o Pará possui algumas das maiores reservas minerais do Brasil. O território paraense concentra cerca de 80% da bauxita brasileira; 75% do cobre; 33% de gipsita; 53% de caulim; 35% de manganês e 30% de ferro. É na província mineral de Carajás que está o maior volume de minério de ferro, incluindo o tipo com alto teor de óxido de ferro, o mais valorizado pela indústria.
No Pará, os investimentos do setor privado chegaram a 20 bilhões de dólares nos últimos anos, volume nada despresívei que fez com que o setor mínero-metalúrgico responda por 80% da pauta de exportações do Estado. As exportações de minério alcançaram R$ 8,3 bilhões em 2007, com um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Sete dos dez itens da pauta de exportações do Pará mais comercializados para outros países vêm do setor mineral. E o Estado é ainda o segundo no ranking dos produtores de bens minerais, quando não se inclui o petróleo e o gás natural. Com os projetos em andamento e as previsões otimistas, o Estado deve alcançar a primeira colocação com folga entre os demais. Dentre os mais importantes projetos, estão a ampliação da produção de alumina pela Alunorte; da lavra de ferro, na Serra dos Carajás; o cobre, do Sossego; o manganês, do Igarapé do Azul; e o níquel, da Onça Puma e do Vermelho.
Há ainda os projetos de extração de bauxita da Alcoa, em Juriti; de caulim, da empresa francesa Imerys-Rio Capim; como os pólos siderúrgicos de ferro-gusa de Marabá e Barcarena; a empresa Globe Metals, na produção de silício metálico, e as três empresas de produção de cimento e calcário. Somente a Vale tem ainda empreendimentos na exploração de minério de cobre, como o 118 em Canaã dos Carajás, e o Salobo, em Marabá; a bauxita, em Paragominas, além das indústrias fr produção de alumina, em Barcarena, e a siderúrgica de aço, em Marabá.
O Liberal – PA