03/07/24

Durante os dois dias de Seminário, foram abordados temas como regulação; padrões globais e gestão das estruturas de disposição de rejeitos; gestão de riscos; alternativas para disposição de rejeitos, e Planos de Ação de Emergência

Especialistas brasileiros e estrangeiros reuniram-se em Belo Horizonte, nesta terça e quarta-feira, 2 e 3 de julho, para compartilhar informações sobre os avanços e novos rumos da gestão de rejeitos da mineração. O Seminário Brasileiro de Segurança em Estruturas de Rejeitos 2024 / Tailings Safety Brazil Seminar 2024, organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), contou com participação de representantes de mineradoras, do governo, da Academia, além de consultores e profissionais que atuam direta ou indiretamente no setor mineral. 

O diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, reforçou a importância das lições aprendidas com o passado e de avanços do setor na gestão de estruturas de rejeitos. “Este seminário internacional, de altíssima qualidade, mostra a grande ambição da indústria da mineração: desenvolvermos a atividade mineral de forma sustentável, responsável e com compromisso com a natureza e com as comunidades”, avaliou. 

Raul Jungmann – diretor-presidente do IBRAM. Crédito: Glenio Campregher.

Jungmann também destacou a importância da transparência na divulgação dos dados sobre gestão de estruturas de disposição de rejeitos. Em 20/6, o IBRAM reuniu a imprensa nacional e estrangeira para reportar avanços na gestão das estruturas de disposição de rejeitos e reportar o processo de descaracterização de barragens construídas pelo método ‘a montante’. De um total de 74 barragens a montante em 2019, restam 52 que estão em processo de descaracterização, e não há pessoas em localidades onde há barragens de mineração em situação de alto risco. A expectativa é que mais de 90% sejam descaracterizadas até 2027. “Transparência é obrigatória para que todos acompanhem e compreendam os esforços do setor mineral para contar com operações mais seguras”, afirmou. 

Nos dois dias de evento, foram debatidos temas como lições aprendidas e avanços em tecnologia, governança e comunicação; o futuro da disposição de rejeitos; integração entre o poder público e o privado; entre outros. “O grande objetivo do seminário é trabalhar as lições aprendidas neste tempo e desenvolver, a partir delas, boas práticas a serem adotadas nas empresas de mineração para que se possa atingir o grande objetivo do Padrão Global que é zero dano ao meio ambiente e às pessoas”, avaliou o diretor de sustentabilidade do IBRAM, Julio Nery.