21/12/07

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) prevê que a receita do setor crescerá 10% a 12% sobre 2007, quando o faturamento deverá atingir R$ 60 bilhões. Neste ano, a expansão nominal do setor deverá ser de 13,2% sobre 2006.
Assim como aconteceu ao longo de 2007, a demanda interna das áreas de petróleo, açúcar e álcool, mineração e papel e celulose serão os principais motores das vendas dos fabricantes nacionais de máquinas e equipamentos. O consumo aparente (soma da produção nacional e importações, excluindo as exportações) do setor deverá alcançar os R$ 70 bilhões neste ano, o que indica que é crescente o movimento de importações de máquinas.
A desvalorização do dólar e a crescente ofensiva asiática no mercado brasileiro levará o setor a registrar o maior déficit comercial da história, próximo a US$ 4 bilhões. Para o próximo ano, alerta o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, o déficit deverá ser ainda maior se mantido o atual patamar do dólar. “Acredito que a questão cambial seja, hoje, o grande problema da indústria brasileira. Praticamente 85% das máquinas importadas têm similar nacional, mas o real valorizado reduz a competitividade do setor”, afirma o executivo.
As importações do setor devem encerrar 2007 próximas de US$ 14,5 bilhões, uma expansão de quase 40% sobre o ano passado. Já as projeções para as vendas externas apontam um resultado próximo a US$ 10 bilhões, com alta de aproximadamente 20% sobre 2006.

Jornal Indústria & Comércio – PR