Serviço Geológico do Brasil lança no PDAC Mapas de Prospectividade Mineral
03/03/20
Catálogo que reúne mapas com áreas favoráveis à prospecção de ouro, cobre, chumbo, zinco e ferro, foi apresentado pelo chefe da Divisão de Geologia Econômica, Felipe Mattos Tavares
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) lançou na segunda-feira (2/3), na convenção anual do Prospectors and Developers Association of Canada – #PDAC2020 (www.pdac.ca/convention), Catálogo com Mapas de Prospectividade para atrair novos investimentos em pesquisa mineral no país. O PDAC é o principal evento mundial da indústria de exploração e desenvolvimento mineral, que ocorre anualmente na primeira semana de março, em Toronto, no Canadá.
“ A iniciativa compilou mapas de nove áreas em oito diferentes províncias pré-cambrianas. É uma ferramenta importante para tomada de decisão dos investidores, sobre quais áreas são prioritárias para investimentos em exploração mineral. Os resultados sugerem áreas favoráveis à prospecção de ouro, cobre, chumbo, zinco e ferro”, explica Márcio José Remédio, diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, que está no Canadá, com delegação brasileira participando do evento.
O Catalog of Prospectivity Maps of Selected Areas From Brazil, que está disponível para download (rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/21620) apresenta todos os mapas de favorabilidade já publicados pela CPRM, além de mapas inéditos. As áreas identificadas estão em Carajás (cobre e ouro), Gurupi (ouro), Juma (ouro), Tapajós (ouro), Nova Brasilândia (zinco, chumbo e cobre), Ipitinga (ouro, ferro e cobre), noroeste do Ceará (ouro e cobre) e oeste de Goiás (ouro e cobre). Cada mapa é acompanhado por um texto explicativo e metodologia utilizada.
Redução do risco exploratório – De acordo com o chefe da Divisão de Geologia Econômica, Felipe Mattos Tavares, que apresentou o catálogo para investidores e empresários durante Brazilian Mining Day, os mapas apontam áreas com probabilidade para se encontrar depósitos minerais e contribui para aumentar a assertividade na busca por novos depósitos. Segundo Tavares, a iniciativa faz parte do Programa de Avaliação de Recursos Minerais da CPRM, que oferece uma série de ferramentas que auxiliam na exploração mineral.
“Essas ferramentas podem contribuir para o aumento do interesse na pesquisa mineral, pois ajudam a reduzir o risco exploratório. Em projetos de avaliação de recursos minerais desenvolvidos pela CPRM, que estão mais avançados, como aqueles relacionados à pesquisa de fosfato e potássio, comprovadamente contribuíram para o aumento no número de requerimentos de pesquisa nas áreas estudadas pela CPRM. Estamos expandindo essa linha de ação para outros recursos críticos ou estratégicos, como o cobre por exemplo, pois temos expectativa semelhante”, avalia Tavares.
Busca por novos depósitos minerais – nos últimos anos o Serviço Geológico do Brasil realizou investimentos em geoquímica, geofísica, mapeamento geológico e estudos metalogenéticos, focando em projetos nas principais províncias minerais do país para impulsionar descobertas nestas áreas.
“O Brasil é um player global na produção de commodities minerais, como ferro, manganês, grafita nióbio e rochas ornamentais. Também temos projeção importante como grandes exportadores de níquel, ouro, cobre e caulim. Mas nossa expectativa é muito positiva, pois temos muitas províncias minerais emergentes e enorme potencial para ser explorado. Nosso futuro será, certamente, de expansão do setor mineral. E a CPRM tem papel fundamental para que o país possa chegar lá’, avalia o diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM.
Brazilian Mining Day – durante a programação do Brazilian Mining Day o governo apresentou os esforços que vem realizando para o desenvolvimento do setor de mineração no Brasil, como a oferta do portfólio de áreas da CPRM, pelo Programa de Parcerias de Investimento (PPI). O secretário Alexandre Vidigal destacou que a mineração é uma das forças motrizes da nossa economia. “Estamos construindo um setor mineral forte e moderno que não é apenas ágil, mas transparente, confiável e sustentável”, disse.
Vidigal afirmou que o governo vai continuar a desenvolver e adotar políticas, medidas e práticas para garantir que a regulação e a governança sejam cumpridas. “Nosso compromisso é impulsionar o comércio externo através das melhores práticas internacionais, o que permitirá que o Brasil se integre efetivamente ao comércio global”.
Brazil Market Opening – na segunda (2/3) a delegação brasileira participou da abertura dos negócios na Toronto Stock Exchange. Representantes da TSX e do governo brasileiro conversaram sobre as perspectivas de negócios em mineração no Brasil. Na visita foi assinado Memorando de Entendimento entre a TSX e o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) para aumentar o número de empresas de mineração brasileiras operando nas bolsas de valores canadenses e a identificação conjunta de oportunidades para aumentar a atratividade do investimento para o setor de mineração brasileiro.
Brasil Pavilion – o tradicional espaço dedicado à mineração brasileira no PDAC, foi inaugurado no domingo (1/3), com a presença dos integrantes da delegação brasileira, composta por empresários, executivos e autoridades. Entre elas, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas Energia, Alexandre Vidigal, representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM), do IBRAM e da CPRM.
O estande brasileiro no PDAC é um parceria do governo e entidades do setor
Sobre o PDAC – Um dos principais eventos da mineração no mundo, o PDAC evento é a voz principal da comunidade de exploração e desenvolvimento mineral. Com mais de 8 mil membros em todo o mundo, o PDAC tem a missão de promover um setor mineral globalmente responsável e sustentável que incentive práticas líderes em desempenho técnico, operacional, ambiental, de segurança e social. Em 2019, o PDAC reuniu 25 mil pessoas de 130 países. Anualmente, são apresentados e debatidos as tendências, perspectivas e desafios do setor mineral em escala mundial.
O comitê organizador do Brasil no PDAC 2 é coordenado pela Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB), Ministério de Minas e Energia, Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Associação Brasileira de Empresas de Exploração Mineral (ABPM) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).