Serra critica política federal para o meio ambiente
03/06/08
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou hoje a política do governo federal para a área do meio ambiente, após assinar decreto de criação do Cadastro Estadual das Madeireiras Paulistas (Cadmadeira), medida que determina a certificação do uso da madeira. “Nós aqui temos uma política ativa e positiva de meio ambiente, coisa que está faltando para o Brasil. Notei que tem cinco anos e meio de governo federal e até hoje não há uma política definida, até hoje está se debatendo. Não estou fazendo uma acusação, é uma constatação”, afirmouSerra lembrou da proposta que fez quando disputou a Presidência da República, em 2002, de criação de uma guarda nacional especializada em fronteiras e em meio ambiente. Questionado se pretende colocar a idéia em prática, um dia, talvez como presidente da República, Serra frisou: “Ou como presidente da República ou como ministro do Meio Ambiente”. Indagado se gostaria mesmo de comandar aquele ministério, retrucou: “Eu toparia, porque sou muito mais ambientalista do que parece”Na cerimônia de assinatura de criação do Cadmadeira, o governador plantou uma árvore nos jardins do Palácio dos Bandeirantes. E comentou: “A sensação é de estar plantando algo que vai além da gente. Dar vida para o meio ambiente e para a cidade é uma coisa bonita.” O governador disse que as pessoas não devem comprar madeira ilegal “porque a madeira não certificada é a da destruição do patrimônio ambiental brasileiro.” Na avaliação de Serra, a fiscalização na área do meio ambiente é crucial e este trabalho não será resolvido apenas com a atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), daí a proposta de criação da guarda nacionalAlém da criação do cadastro de certificação do uso da madeira, o governo Serra lançou um pacote de 21 ações no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente. Entre as ações está a reorganização administrativa da pasta, com a criação de uma área de planejamento ambiental. Outras ações são a criação de um programa de compras sustentáveis na administração paulista, a inclusão do selo socioambiental em 150 produtos adquiridos em licitação pública, a criação de lei que proíbe a produção e a comercialização de cerveja em recipientes PET no Estado, e o início da instalação das novas dez unidades fixas de monitoramento ambiental da Cetesb
Diário do Nordeste