Senado da Libéria aprova contrato de US$1 bi da Mittal
30/04/07
Por Alphonso Toweh
MONRÓVIA, 30 de abril (Reuters) – O Senado da Libéria aprovou um contrato de minério de ferro de 1 bilhão de dólares com a maior produtora de aço do mundo, a Arcelor Mittal <MTP.PA> <CELR.PA>, abrindo caminho para que o projeto seja iniciado, declarou o governo nesta segunda-feira.
A instância mais alta do Parlamento da Libéria aprovou o projeto em uma sessão especial, na noite de sexta-feira, e a ratificação formal foi anunciada nesta segunda-feira pelo ministro da Informação, Lawrence Bropleh.
“Este acordo é um passo importante. O contrato deve criar cerca de 3 mil postos de trabalho para o nosso povo… A Mittal é uma companhia enorme e sua operação na Libéria vai representar muito para as pessoas deste país”, disse Bropleh.
A presidente Ellen Johnson-Sirleaf deverá assinar o acordo para que ele seja promulgado.
O governo dela, no ano passado, renegociou um acordo inicial assinado em 2005 com uma administração interina não-eleita, ampliando a participação do governo no negócio e elevando o investimento, que era de 900 milhões de dólares.
O acordo de 25 anos assinado em dezembro dá a Mittal o direito de explorar reservas de minério de ferro de alta qualidade no noroeste da Libéria, com volume estimado em 500 milhões de toneladas.
As revisões no acordo garantiram ao governo do país manter o controle do seu principal porto de Buchanan e de uma ferrovia que servirá à mina. Ambos haviam sido concedidos à fabricante de aço no acordo original.
A Libéria era o quinto maior produtor de minério de ferro antes da guerra civil, que durou de 1989 a 2003 e deixou cerca de 200 mil mortos, afetando seu sistema de infra-estrutura. A mineração deve agora contribuir para a recuperação do país.
Para a Mittal, o oeste da África, que é rico em ferro, é bastante interessante também devido à localização geográfica. No mês passado, a empresa revelou investimento de 1,2 bilhão de dólares na exploração de minério de ferro no Senegal.
A Mittal espera que as operações na Libéria, quando estiverem em plena atividade, gerem 2.500 postos de trabalho dentro da companhia e dez vezes esse número fora da empresa.
O desemprego no país, de 3,2 milhões de pessoas, está em 80 por cento. A expectativa é que a extração comece em quatro anos.
Reuters