26/07/07

É possível esticar o passeio até Pirenópolis, a uma hora e meia da Cidade de Goiás. Em poucos minutos, você vai perceber as riquezas dessa localidade tombada pelo Iphan desde 1988 : pedras de quartzito cobrem as ruas principais, num convite e tanto para uma bela caminhada. A história da região está ligada à extração do ouro – a área onde hoje fica a cidade servia de acampamento para mineradores. Siga até a Rua Direita e veja os primeiros casarões de Pirenópolis, datados do século 18. Ainda no centro, não deixe de conhecer a Igreja Nossa Senhora do Rosário, um dos cartões-postais do Estado, erguida por escravos no século 17, com recursos da mineração. Atingida por um incêndio em 2002, teve a fachada restaurada no ano passado. Já a Igreja do Bonfim, de 1750, conta com uma imagem de cedro do Senhor do Bonfim em tamanho natural – dizem que 250 escravos a trouxeram a pé da Bahia. Trekking A região também dispõe de uma série de programas para quem curte natureza. O trekking é a melhor maneira de explorar o entorno – sempre com ajuda de um guia. As opções são muitas: Parque Estadual da Serra dos Pireneus, com um pico de 1.385 metros de altitude, a Várzea do Lobo, o Santuário de Vida Silvestre Vagafogo, com 1.500 metros de trilha, e a Reserva Ecológica Vargem Grande. As quedas-d`água mais preservadas ficam em áreas distantes.É o caso da Cachoeira do Abade, um espetáculo de 20 metros de altura. O poço convida a um banho refrescante e o ambiente é ideal para quem procura sossego. O Poço Azul é perfeito para a prática de mergulho. A piscina natural fica a 55 quilômetros do centro de Pirenópolis e tem 120 metros quadrados e 6 metros de profundidade. A calmaria, propiciada pela atmosfera histórica e natural da cidade, só existe durante a semana. Aos sábados e aos domingos, turistas vindos de Goiânia e de Brasília, principalmente, invadem Pirenópolis. A cidade muda de cara e ganha intensa vida noturna.

Jornal da Tarde – SP