Rio Tinto e Acron podem ter um dos maiores depósitos de potássio do mundo
20/03/14
A Rio Tinto divulgou essa semana que a jazida de potássio KP405, uma joint venture com a North Atlantic Potash, subsidiária da Acron, em Saskatchewan, no Canadá, pode ser um dos maiores depósitos de potássio do mundo. A jazida fica próxima ao projeto Jansen, da BHP Billiton, avaliado em US$ 3,8 bilhões. A informação consta no relatório anual da Rio Tinto, publicado nessa semana.
Segundo informações da Acron, que é o terceiro maior produtor mundial de NPK, o depósito KP405 tem 329 milhões de toneladas de minério com 30,67% KCl. A jazida é dividida em três unidades, Patience Lake, Belle Plaine e Esterhazy, todas mineralizadas.
A jazida está localizada a cerca de 1.750 metros de profundidade, em uma temperatura que gira em torno de 62ºC, o que facilita a extração do KCl por meio de dissolução. A joint venture realizou 13 furos de sondagem no KP 405 o que definiu recursos inferidos, segundo a NI 43-101, de 1,4 bilhão de toneladas.
O depósito de potássio consiste em halita e silvinita, com pequenas quantidades do mineral deletério, carnalita, encontrada apenas na unidade de Esterhazy, em quatro poços perfurados, com cerca de 1,5% de magnésio (MgO). O depósito ainda contém de 7% a 8% de material insolúvel, como uma camada de argila.
O projeto deverá extrair a sequência total de potássio em duas etapas, usando a mineração para desenvolver uma sequência de cavernas, sendo que cada uma conterá dois poços que circularão água para dissolver os sais e bombeá-los para a superfície. O sal, dissolvido em água, será enviado para o processamento. A menor unidade, Esterhazy, será desenvolvida primeiro.
O recurso inferido menciona apenas a mineralização contida em forma de caverna e considerada extraível. Isso inclui uma recuperação de 85% de salmoura da caverna com dedução de perdas. Um fator de recuperação de 92% incluindo áreas de lixiviação desconhecidas, e um fator de recuperação de 95,7%, levando em conta perdas devido a profundidade das cavernas.
Como a salmoura da parte superior do depósito é susceptível de ser descartada durante o processo de extração, as toneladas associadas a ela não foram levadas em conta. Não há cronograma ou estimativa do investimento necessário para a exploração dessa jazida.
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