Reunião internacional do Comitê Técnico ISO/TC183, sobre minérios e concentrados de cobre, chumbo, zinco e níquel, foi realizada em Xiamen, China
26/06/25
Entre os dias 18 e 23 de maio de 2025 foi realizada a 17ª Reunião do ISO/TC 183 – Copper, lead, zinc and nickel ores and concentrates em Xiamen, China. Com participação de 40 especialistas da Austrália, Brasil, China, Finlândia, Holanda e Japão, foram debatidos temas de amostragem e análise química das 28 normas publicadas e dos 7 novos projetos em elaboração.
A reunião presencial do ISO/TC 183 ocorre a cada dois anos e obedece um rodízio entre os participantes.
De forma presencial a delegação brasileira foi composta por Rejane Carvalho (coordenadora do IBRAM-CONIM), Arnaldo Borges (IBRAM), Daniela Sedraz (Vale Base Metals), Eugênio Oliveira (Vale Base Metals) e Suzilei Silva (Vale). De forma virtual atenderam Bráulio Pessoa (ITAK), Márcio Castilho (KYMI) e Reinaldo Novaes (FLSMIDTH).

Delegação brasileira em Xiamen, China, da esquerda para direita: Arnaldo Borges, Rejane Carvalho, Suzilei Silva, Daniela Sedraz e Eugênio Oliveira
O Brasil participa de todos os projetos do ISO/TC 183 por meio da realização de testes, revisão técnica dos projetos de normas e realização de votos para avaliação, com aprovação e reprovação dos estágios de progressão, até a publicação das normas de interesse. Todas as posições brasileiras são alinhadas nas reuniões periódicas do comitê de normalização internacional no Brasil, visando a defesa das posições técnicas e estratégicas definidas pelas empresas brasileiras.
Especificamente nesta reunião projetos de normas estratégicas foram discutidos, ressaltando-se os seguintes:
- Análise de umidade em concentrados de cobre, cujo impacto incide diretamente na medição da massa dos lotes comercializados; neste caso o Brasil participou com a execução de testes aprovando a redução do tempo de secagem com significativo ganho de produtividade e desaprovando a adição de água nos porões dos navios para abatimento de poeira, assunto este que seguirá então em discussões e análises pelos especialistas dos países participantes.
- Produção colaborativa de materiais de referência certificados MRC: estre trabalho coordenado pelo Brasil visa produzir materiais de referência não disponíveis no mercado, com amostras de concentrados fornecidos pelos próprios participantes e analisados preferencialmente por laboratórios comerciais e de empresas dos países participantes, e que são indispensáveis para a validação das normas em desenvolvimento pelo TC 183.
- Houve avanço também no desenvolvimento de normas internacionais para análise de cloro e flúor, elementos de grande interesse por serem deletérios, com penalidades comerciais previstas em contrato.
Estar presencialmente nas reuniões faz toda a diferença na defesa dos interesses das nossas empresas. São nesses momentos que se discutem as normas técnicas e se definem os parâmetros a serem utilizados internacionalmente nas interfaces comerciais. Como as normas são aprovadas por maioria, a presença dos especialistas nas reuniões internacionais é condição estratégica para alinhamento de posições e esclarecimentos de detalhes técnicos vitais para se publicar normas aplicáveis a matrizes diversas garantindo resultados com a precisão adequada e sem vieses prejudiciais a produtores ou clientes.