Reservas: 9 mil toneladas
14/08/07
O gerente geral da CNEA, Rubén Calabrese, informou em Buenos Aires que as reservas atuais de urânio na Argentina totalizam nove mil toneladas. No entanto, calculou que com a futura reativação das jazidas de Cerro Solo e Laguna Sirven, no Sul do país, o número será maior. A CNEA ainda pretende explorar urânio na jazida de Sierra Pintada, na província de Mendoza, no Oeste), paralisada em 1998. Mas, ecologistas opõem-se devido a danos ambientais que podem acarretar. A decisão tramita na Justiça. A reativação de produção nuclear de urânio na Argentina é importante devido à necessidade do país de criar novos recursos para amenizar o déficit energético. O governo determinou nas últimas semanas a redução do uso de eletricidade e gás por parte das indústrias para atender à demanda de energia nas casas, devido a um inverno com temperaturas baixíssimas. A CNEA pretende também dar prioridade ao abastecimento da demanda interna de urânio ao de exportação, em um momento em que o interesse de empresas estrangeiras vem aumentando para obter permissão de uso das jazidas, devido à elevada cotação do mineral. “Hoje em dia, não há nada que impeça a exportação de urânio. Mas, a idéia do governo é primeiro garantir recursos de urânio para a demanda interna e depois exportá-lo”, acrescentou o gerente da entidade. Uma reforma do Código Mineiro dos anos 1990 facilitou a exportação do urânio por parte das multinacionais, ao quitar seu caráter estratégico.
O Povo