12/07/16

Representantes das empresas fornecedoras e consumidoras de minério de ferro reuniram-se na; Lulea, cidade que fica no norte da Suécia, de 30 de maio a 02 de junho deste ano, para discutir o desenvolvimento e revisão das normas técnicas da ISO destinadas a qualificar e posteriormente valorar o minério de ferro na interface comercial. Embora técnico, é um assunto com forte impacto comercial, pois qualquer erro motivado por uma norma, eventualmente tendenciosa, será multiplicado pelo enorme volume de minério comercializado.Até 2016 foram desenvolvidas 78 normas ISO cobrindo desde os procedimentos de amostragem nos portos até a predição do comportamento do minério dentro dos reatores siderúrgicos. Nesta reunião da Suécia foram discutidos 44 projetos referentes às normas de amostragem, análise química e ensaios físicos e metalúrgicos.Um fato que chamou a atenção dos participantes, mas em especial dos fornecedores de minério, foi que, pela primeira vez, a China, maior consumidora, tentou conquistar importante posição-chave na estrutura do TC 102, qual seja, candidatou-se a substituir a Austrália,maior fornecedora, na presidência do Subcomitê responsável pelas normas de análise química (chairmanship). O Brasil, em especial, alertou que tal substituição quebraria o equilíbrio entre posições-chave assumidas por fornecedores e produtores na estrutura do TC 102 e de seus três Subcomitês (Amostragem, Análise Química e Ensaios Metalúrgicos). A pretensão chinesa não foi aceita. Dentre outros, este fato realça, uma vez mais, a importância da participação ativa das empresas brasileiras na defesa de seus interesses nos trabalhos de elaboração das normas ISO.

IBRAM