Reduzir a emissão de carbono a zero e aumentar o contato com as comunidades são importantes desafios para a mineração
05/10/21
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Representantes de associações de mineração do Brasil, Estados Unidos, Chile, África do Sul e Canadá estiveram reunidos no primeiro dia da EXPOSIBRAM para tratar sobre o futuro da mineração – crédito: divulgação
No início do principal evento da mineração brasileira, a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM), representantes do setor nos Estados Unidos, Brasil, Chile, África do Sul e Canadá falaram sobre o futuro da mineração e a importância da implementação da energia limpa nos processos. A prática do carbono zero (quando a empresa não emite gases do efeito estufa em seu processo de produção) é vista pela mineração mundial como um passo necessário para o futuro. Outro ponto ressaltado por mais de um participante do painel “Mineração do Futuro e o Futuro da Mineração: A Visão das Associações ao Redor do Mundo” foi a necessidade de melhorar a comunicação com as comunidades sobre a participação da mineração no dia a dia dos cidadãos.
O painel foi mediado pelo representante do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, sigla em inglês), Aidan Davy. Para iniciar o debate, Aidan perguntou a cada um dos participantes como seria a mineração do futuro. O primeiro a responder, Flávio Penido, Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), reafirmou a missão do setor mineral brasileiro de comunicar às comunidades sobre os processos. “É necessário fazer uma colocação para a sociedade brasileira de que podemos assegurar uma operação sustentável e segura, principalmente nos pontos operacionais”, disse.
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Flávio Penido, diretor-presidente do IBRAM
Flávio Penido também citou durante sua fala a parceria do IBRAM com a Associação de Mineração do Canadá (MAC, sigla em inglês), no âmbito do projeto Towards Sustainable Mining/Rumo à Mineração Sustentável (TSM). É um programa de sustentabilidade reconhecido mundialmente, que dá suporte às empresas de mineração no monitoramento do impacto ambiental e riscos sociais. “Estamos implantando o TSM Brasil com adesão de empresas do setor mineral, ainda mais que este programa está relacionado às boas práticas de ESG”, afirmou Flávio Penido.
Sobre o programa, o CEO da Associação de Mineração do Canadá, Pierre Graton, revelou o interesse e objetivo de ampliar esse projeto mundialmente. “Estamos comprometidos com a iniciativa de mineração sustentável que lidera e guia a operação para ter uma melhora nos nossos padrões. Temos as ferramentas para transformar os processos, e o mundo conta com a gente”, afirmou.
Em uma análise mais regional, o Diretor da Sociedade Nacional de Mineração (SONAMI) do Chile, Diego Hernández Cabrera, lembrou que aquele país vive um momento político complexo que terá como desfecho uma nova Constituição. Segundo ele, é necessário aproveitar essa oportunidade para ampliar a mineração no Chile. “Essa nova Constituição pode mudar alguns dos fundamentos que irão melhorar a nossa capacidade de minerar”, indicou. Além disso, Cabrera contou sobre o plano de atingir a emissão zero de carbono até 2050 no setor da mineração. “A boa notícia é que estamos começando a fazê-lo. É um plano que já está em ação”, comemorou.
Para a Vice-Presidente de Políticas Internacionais da Associação Nacional de Mineração (NMA, sigla em inglês) dos Estados Unidos, Veronika Shime, o desafio é engajar a sociedade e a mineração em prol de uma produção sustentável. “O setor mineral tem essas tecnologias para implementação de zero emissão de carbono e a nossa ideia primária é engajar países com recursos de forma responsável”, explica.
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Veronika Shime, Vice-Presidente de Políticas Internacionais da Associação Nacional de Mineração (NMA, sigla em inglês) dos Estados Unidos
Ela ressalta ainda a importância de países se relacionarem e promoverem trocas entre instituições financeiras que possam apoiar mineradoras e projetos que sejam sustentáveis e dentro dos padrões ESG.Segundo o CEO do Conselho de Mineração da África do Sul, Roger Baxter, o país, embora ainda tenha como principal fonte de geração energética o carvão, possui recursos em abundância para a geração de energia solar e eólica. “Temos um plano integrado para descontinuar a geração de energia com base em carvão, na próxima década. Os planos sugerem que até 2030 deveremos ver um aumento da capacidade produtiva da África do Sul de energia nuclear e de energias renováveis”, destacou.
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