Produção industrial da Bahia cresce 2,8
08/08/07
A Norsa, empresa fabricante e distribuidora de produtos Coca-Cola nos Estados da Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, vai investir R$ 5,2 milhões na expansão das fábricas baianas de Simões Filho e Vitória da Conquista. Segundo o presidente da empresa, Augusto César Parada, a Bahia é o maior mercado dentro do território de atuação da Norsa. ?Hoje a empresa registra 45% de participação no mercado baiano. Nossa intenção é ampliar para 50%. Estimamos que as vendas em 2007 gerem R$ 1,2 bilhão. O faturamento da Norsa saiu de R$ 507,2 milhões em 2002 para R$ 960 milhões no ano passado?, revela. A produção industrial baiana cresceu 2,8% em junho passado, em relação a junho de 2006. O balanço do mês fez o acumulado do ano (janeiro a junho) alcançar 0,3% de acréscimo e o acumulado dos últimos 12 meses, 0,5%. O setor de alimentos e bebidas (7,7%) foi o que mais cresceu no mês, seguido de refino de petróleo e produção de álcool (4,2%) e metalurgia básica (4,6%). A indústria extrativa mineral registrou taxa positiva de 3,4%. O mesmo não aconteceu com os produtos químicos e veículos automotores, segmentos da indústria de transformação tiveram queda na fabricação d -0,9% e -4,2%, respectivamente. O setor de alimentos e bebidas, com 14,1% de expansão, também foi o grande responsável pelo desempenho positivo do primeiro semestre de 2007. O segmento de borracha e plástico foi outro destaque de 2007, com 12,3%. Os impactos negativos vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-3,6%) e celulose e papel (-4,8%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa indica que está mantida a trajetória de desaceleração iniciada em dezembro de 2006. O indicador acumulado é útil para revelar tendência, pois reúne informações por um longo período. Neste caso, a taxa vem caindo progressivamente de 3,2% (dezembro de 2006) para 0,3% (maio 2007), com leve aumento em junho (0,5%). Nesse indicador, cinco segmentos da indústria de transformação apresentaram crescimento, destacando-se novamente alimentos e bebidas (7,4%) e borracha e plástico (8,1%). Ao contrário do refino de petróleo e produção de álcool (-1,5%), veículos automotores (-7,3%) e produtos químicos (-0,7%), três gêneros que registraram taxas negativas no período. A análise trimestral também contribui para perceber a desaceleração. O período de abril a junho recuou 1,4% em comparação com o mesmo período de 2006, interrompendo a seqüência de treze trimestres com resultados positivos. A perda de dinamismo, na passagem do primeiro (2,0%) para o segundo trimestre de 2007, é observada em cinco dos nove segmentos pesquisados, com destaque para produtos químicos, que passou de 2,9% para -3,6%, e celulose e papel, de 1,7% para -11,1%.
Tribuna da Bahia