17/04/17

Além de ouro, processo criado pelo Cetem em parceria com a Kinross recupera também enxofre.;Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), em parceria com a mineradora Kinross, desenvolveu um processo para recuperar ouro e enxofre do concentrado da flotação primária. De acordo com o Cetem, é possível resgatar aproximadamente 80% do ouro ainda contido em resíduo da flotação.Segundo o Centro, o concentrado, depois do processo de lixiviação (CIL), é direcionado a tanques de estocagem, nos quais ficam armazenados sem destinação econômica. O recurso armazenado é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, com potencial de aumento de 15 milhões toneladas durante a vida útil da mina.Os teores de ouro e enxofre no material estocado estão em torno de 1 ppm e 17%, respectivamente. A Kinross utiliza atualmente o processo de flotação na concentração de sulfetos e ouro na planta industrial localizada em Paracatu (MG).O Cetem afirma que, em alguns casos, é possível alcançar um teor de 10 ppm no concentrado obtido por meio do processo. Além disso, o mesmo processo também possibilita a recuperação no mesmo concentrado de flotação 80% do enxofre contido que está na forma de pirita.”O potencial de utilização desse material pode ser principalmente para a produção de ácido sulfúrico. Os minerais de arsenopirita ficam no rejeito da flotação, a ser novamente confinado”, afirma o Cetem. Ainda de acordo com o Centro, o processo é uma tecnologia “atraente, do ponto de vista técnico, econômico, e ambiental”.Com produção anual de aproximadamente 15 toneladas de ouro, a Kinross é a maior produtora de ouro do Brasil, que, por sua vez, produz anualmente cerca de 60 toneladas do minério precioso. Segundo o Cetem, os resultados obtidos na pesquisa aumentam o potencial de aproveitamento econômico da reserva de minério sulfetado e minimizam os passivos ambientais, no entanto “representam apenas um passo do desenvolvimento, que dependeria ainda de um parceiro técnico comercial estratégico para a continuidade do projeto”.

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